O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve (Fed) divulgou, nesta quarta-feira (21), a ata da última reunião, ocorrida nos dias 30 e 31 de janeiro, onde demonstrou, novamente, cautela em relação a iniciar o ciclo de redução de juros antes de visualizarem com maior confiança que a inflação está convergindo sustentavelmente para a meta de 2%.
No que tange o cenário macroeconômico, a ata destacou o forte crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre de 2023, apesar de ter desacelerado em relação ao trimestre anterior; as condições do mercado de trabalho que continuaram apertadas, apesar de mostrarem novos sinais de flexibilização, e a inflação de preços ao consumidor que caiu ao longo do ano, embora tenha permanecido acima de 2%.
De acordo com dados de mais alta frequência divulgados após a última reunião, houve um aumento do emprego e uma inflação maior do que a estimada em janeiro. Observamos então que, assim como citado na ata, há possibilidade de a redução da inflação demorar mais do que o projetado, o que forçaria a autoridade monetária a permanecer com uma política restritiva por mais tempo, o que poderia repercutir em uma desaceleração do ritmo da atividade da economia do país.
De forma geral, os membros concordaram que é necessário ter maior confiança na queda da inflação antes de cortar a taxa de juros, demonstrando precaução quanto ao início dos cortes. A decisão pela manutenção dos juros no intervalo entre 5,25% e 5,50% foi unânime.