Boletim Econômico – 19.07.24

Internacional:

Vendas varejistas nos EUA ficam estáveis em junho – De acordo com dados do Departamento do Comércio, publicados nesta terça-feira (16), as vendas varejistas nos Estados Unidos somaram US$ 704,3 bilhões em junho, ficando em estabilidade em relação ao mês de maio. O dado mensal veio levemente acima do esperado pelos analistas, que estimavam uma queda de 0,2% no mês. Em relação a junho de 2023, as vendas no varejo subiram 2,3%.

Alta dos estoques empresariais dos EUA supera expectativas em maio – O Departamento do Comércio dos Estados Unidos informou nesta terça-feira (16), que os estoques empresariais aumentaram 0,5% em maio, após registrarem alta de 0,3% no mês anterior. O resultado veio acima do esperado pelos analistas, que estimavam uma alta de 0,4% no mês. Em relação a maio de 2023, os estoques aumentaram 1,6%.

Livro Bege do Fed mostra crescimento econômico lento no início do terceiro trimestre – De acordo com a edição mais recente do Livro Bege divulgada nesta quarta-feira (17) pelo Federal Reserve Bank de Richmond com base em informações coletadas até 8 de julho, a economia dos Estados Unidos cresceu em um ritmo lento no início do terceiro trimestre. “As expectativas para o futuro da economia são de um crescimento mais lento nos próximos seis meses devido à incerteza em torno das eleições deste ano, política doméstica, conflitos geopolíticos e inflação”, diz o relatório. Os salários cresceram em um ritmo de modesto a moderado na maioria dos distritos, embora os preços tenham subido ligeiramente, no geral. Os gastos do consumidor mostraram pouca ou nenhuma mudança. O emprego também aumentou, mas ligeiramente.

Inflação ao consumidor anual na zona do euro desacelera para 2,5% em junho – Segundo dados revisados, divulgados nesta quarta-feira (17), pelo Eurostat, escritório de estatísticas da União Europeia, a taxa anual de inflação ao consumidor (IPC) da zona do euro desacelerou para 2,5% em junho após registrar 2,6% em maio. O resultado de junho confirmou a leitura preliminar e veio em linha com a expectativa de analistas. Na comparação mensal, o IPC da área da moeda comum subiu 0,2% em junho, conforme o esperado. No que se refere ao núcleo do índice, que desconsidera as variações de preços de energia e de alimentos, houve avanço anual de 2,9% em junho, confirmando a estimativa inicial e repetindo a variação de maio. Já na leitura mensal, o núcleo do índice de preços ao consumidor avançou 0,4%.

BCE mantém taxas de juros inalteradas, conforme o esperado – O Banco Central Europeu (BCE) divulgou, nesta quinta-feira (18), que decidiu manter inalteradas as taxas de juros, conforme já era amplamente esperado. A taxa de refinanciamento, a principal, continuou em 4,25%, enquanto a taxa sobre depósitos ficou em 3,75% e a taxa sobre empréstimos marginais permaneceu em 4,50%. Em comunicado, o Comitê reconheceu que a maioria das medidas de inflação na região da zona do euro ficou estável ou recuaram no mês de junho. Contudo, o colegiado avaliou que as pressões internas sobre os preços ainda são altas e a inflação de serviços está elevada.

PIB da China cresce 4,7% no 2º trimestre, abaixo do previsto – Segundo dados do NBS, o produto interno bruto (PIB) da China cresceu 4,7% no segundo trimestre de 2024 ante o mesmo período do ano passado. O resultado, que representa desaceleração em relação à expansão de 5,3% do trimestre anterior, veio abaixo do esperado pelos analistas, que estimava um crescimento de 5,1%. Conforme divulgado pela agência Xinhua, o NBS atribuiu o crescimento mais fraco do segundo trimestre a fatores de curto prazo, como clima extremo e inundações, além de também refletir desafios crescentes, sobretudo devido à demanda efetiva insuficiente e ao fluxo econômico doméstico instável. No que se refere ao primeiro semestre do ano, o PIB da China atingiu cerca de 61,68 trilhões de yuans (cerca de US$ 8,65 trilhões).

BC da China mantém taxa de juros de médio prazo inalterada – O Banco do Povo da China (PBoC) publicou nesta segunda-feira (15), que resolveu manter a taxa da linha de empréstimo de médio prazo – conhecida como MLF – de um ano inalterada em 2,5% ao ano, o mesmo patamar pelo 11º mês consecutivo. A decisão do PBoC veio juntamente com o movimento de injeção de liquidez de 100 bilhões de yuans (US$ 13,79 bilhões) na economia.

Mercado imobiliário da China indica melhora, mas preços continuam a recuar – Conforme dados publicados pelo NBS, o escritório nacional de estatísticas do país, as vendas de novas moradias caíram 26,9% entre janeiro e junho, ante igual período do ano passado. Contudo, o resultado indica uma leve melhora no mercado imobiliário chinês em relação à queda de 30,5% nas vendas observada entre janeiro e maio deste ano. Segundo cálculos do The Wall Street Journal, baseados em dados divulgados pelo NBS referentes às 70 maiores cidades da China, o preço médio de novas moradias recuou 0,67% em junho ante maio. Em maio o preço havia caído de forma mais intensa, 0,71%.

 

Nacional:

IBC-Br sobe 0,25% em maio – De acordo com os dados publicados nesta segunda-feira (15), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou alta de 0,25% em maio, ficando abaixo das expectativas dos analistas, que esperavam alta de 0,30%. O Banco Central também revisou os dados referentes ao mês de abril, que passou de uma variação de apenas 0,01% (estabilidade) para um avanço de 0,26% no período. Com o resultado, o indicador, que é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), acumula alta de 2,01% no ano e de 1,66% em 12 meses. Em relação ao mesmo mês de 2023, o crescimento foi de 1,30%.

IGP-10 desacelera para 0,45% em julho – A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou nesta quarta-feira (17) que o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 0,45% em julho, desacelerando após 0,83% em junho. Com o resultado, o índice acumula alta de 1,63% no ano e de 3,38% em 12 meses. Em julho de 2023, o índice havia caído 1,10% no mês e acumulava retração de 7,89% em 12 meses. Em julho, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) teve uma alta de 0,49%, inferior à taxa registrada no mês anterior (0,88%), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de 0,54% em junho para 0,24% em julho e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, registrou variação de 0,54%, mostrando uma desaceleração em relação à taxa de 1,06% do mês anterior.

Haddad anuncia congelamento de R$ 15 bilhões no orçamento para cumprir arcabouço – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta quinta-feira (18), que o governo federal fará uma contenção de R$ 15 bilhões no orçamento deste ano com o objetivo de cumprir as exigências do arcabouço fiscal. Segundo Haddad, dos R$ 15 bilhões indicados, a maior parte (R$ 11,2 bilhões) será objeto de bloqueio, para respeitar a regra de limite de despesas públicas para 2024. “Tomamos a decisão de já incorporar uma eventual perda [com as desonerações], em função desse adiamento [da votação da matéria para depois do recesso parlamentar], para contemplar o arcabouço fiscal dentro da banda prevista na LDO”, disse Haddad. A decisão era amplamente esperada pelo mercado, que tem observado com certo ceticismo a disposição do governo federal em avançar com uma agenda de corte de despesas.

Governo mantém projeção de alta do PIB de 2024 em 2,5% e piora expectativa para 2025 – Conforme boletim divulgado nesta quinta-feira (18), pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, houve manutenção na projeção para o crescimento econômico do Brasil neste ano em 2,5%. Contudo, foi registrado piora na expectativa para a alta do PIB de 2025 de 2,8% para 2,6%. O documento também apontou uma deterioração na visão do governo para a inflação, com a projeção para o IPCA indo a 3,9% em 2024, ante previsão de 3,7% feita em maio, enquanto o índice para 2025 foi ajustado de 3,2% para 3,3%.

Banco Central está aberto a medidas de política monetária em meio às incertezas – Falando em um fórum de cooperativas de crédito no estado de Goiás nesta terça-feira (16), o diretor de política monetária do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, enfatizou a postura cautelosa e dependente de dados por parte do Banco Central devido ao aumento da incerteza. Galípolo destacou que o atual ambiente econômico desafiador, caracterizado por um mercado de trabalho forte e pressões sobre o real, impede o banco de fornecer orientações específicas sobre a direção de futuros cortes de juros. Além disto, afirmou que reconhece que fatores domésticos estão contribuindo para o enfraquecimento do real e atribuiu este resultado ao fortalecimento global do dólar americano em decorrência das expectativas das taxas de juros dos EUA mais altas por um período prolongado.

Data Referência (12/07/2024 a 18/07/2024)

CDI: 0,20%

Dólar: 2,45%

Ibovespa: -0,50%

IDkA IPCA 2A: -0,17%

IMA-B: -0,37%

IMA-B 5: -0,08%

IMA-B 5+: -0,63%

IMA Geral Ex-C: -0,10%

IRF-M: -0,42%

IRF-M 1: 0,09%

IRF-M 1+: -0,68%

S&P 500: -0,72%

IPCA + 5,25%: 0,13%

 

Gostou desse conteúdo exclusivo?
Então não deixe de nos acompanhar também nas redes sociais e ficar por dentro dos assuntos mais relevantes sobre economia, investimentos, Pró-Gestão, ALM e muito mais para o dia a dia do seu RPPS.
LEMA, consultoria de investimentos para todos os RPPS.