Boletim Econômico – 06.09.24

Internacional:
Estados Unidos criam 142 mil vagas de emprego em agosto
– De acordo com o relatório de emprego (payroll) divulgado nesta sexta-feira (06), pelo Departamento do Trabalho, os Estados Unidos criaram 142 mil empregos em agosto, acelerando após 89 mil em julho, conforme dado revisado para baixo. Contudo, o dado de agosto veio abaixo do esperado pelo mercado, que projetava criação de 164 mil postos de trabalho no mês. Vale destacar que, no período, a taxa de desemprego caiu levemente de 4,3% para 4,2%, em linha com as expectativas.


PMI composto dos Estados Unidos avança a 54,6 em agosto – Segundo pesquisa final divulgada pela S&P Global nesta quinta-feira (05), o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos Estados Unidos avançou de 54,3 para 54,6 em agosto, ficando acima da leitura preliminar e das expectativas dos analistas, de 54,1. O PMI industrial, por sua vez, caiu para 47,9 em agosto, após 49,6 no mês anterior, vindo levemente abaixo da estimativa de 48. A queda do indicador reflete a permanência do setor industrial mais fraco, contudo, contraindo em um ritmo mais brando que o observado em julho. Já o setor de serviços acelerou de 55,2 em julho para 55,7 em agosto. O resultado ficou acima da estimativa preliminar e das estimativas, de 55,2.


PIB da zona do euro cresce 0,2% no segundo trimestre de 2024 – Conforme leitura final divulgada nesta sexta-feira (06) pela Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,2% no segundo trimestre em comparação com o trimestre imediatamente anterior. O resultado trimestral veio abaixo da leitura anterior, divulgada no mês passado, e da previsão dos analistas, de 0,3%. Na comparação anual, o PIB do segundo trimestre subiu 0,6%, confirmando o dado preliminar publicado em agosto e as estimativas do mercado.


PMI composto da zona do euro sobe para 51 em agosto – De acordo com a leitura final divulgada nesta quarta-feira (04) pela S&P Global em parceria com o Hamburg Commercial Bank, o PMI composto da zona do euro subiu de 50,2 para 51 em agosto, vindo ligeiramente abaixo da leitura preliminar e das estimativas dos analistas, que esperavam 51,2. O resultado foi impulsionado pelo avanço do setor de serviços, que subiu de 51,9 em julho para 52,9 em agosto, o maior nível em três meses. Já o PMI industrial, por sua vez, ficou inalterado em agosto, em 45,8. Neste caso, o dado final de agosto ficou acima da estimativa preliminar e da projeção dos analistas, de 45,6. Contudo, novamente abaixo da linha de 50, que indica que a produção industrial da zona do euro permanece em contração.


PMI de serviços da China cai para 51,6 em agosto – O PMI do setor de serviços caiu de 52,1 em julho para 51,6 em agosto, conforme dados publicados pela S&P Global/Caixin nesta terça-feira (03). O dado demonstrou uma desaceleração ligeiramente maior do que a esperada pelo mercado, que estimava 51,9. Apesar da queda, uma pesquisa oficial publicada no último sábado (31), apresentou um quadro mais otimista do setor de serviços, com o nível de otimismo empresarial subindo para o nível mais alto desde maio. Com o resultado, o PMI composto da China, que engloba os setores de serviços e manufatureiro, ficou em 51,2 em agosto, em estabilidade em relação ao resultado de julho.


PMI industrial da China sobe para 50,4 em agosto – Conforme a leitura final publicada pela S&P Global/Caixin, nesta segunda-feira (02), o PMI do setor manufatureiro da China avançou para 50,4 em agosto, acelerando em relação aos 49,8 de julho. O resultado superou ligeiramente as estimativas dos analistas, que projetavam alta a 50,0, refletindo uma melhora nas condições de produção em relação ao mês anterior. Conforme destacou o Economista Sênior do Caixin Insight Group, Dr. Wang Zhe, a respeito do avanço da indústria, “No geral, o setor de manufatura melhorou em agosto, marcado por uma expansão estável na oferta e demanda. A demanda externa estava sob pressão enquanto o emprego se estabilizou. A logística foi atrasada. Os estoques dos fabricantes aumentaram, junto com a pressão deflacionária. O otimismo do mercado foi geralmente resiliente”.

Nacional:
PIB do Brasil cresce 1,4% no segundo trimestre
– Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (03), o PIB do Brasil avançou 1,4% no segundo trimestre, totalizando R$ 2,9 trilhões em valores correntes, acelerando após crescer 1% no trimestre anterior, segundo dados revisados. Com o resultado, o PIB do país subiu 3,3%, ante ao mesmo período de 2023. Os dados vieram acima das estimativas dos analistas, que projetavam alta de 0,90% no trimestre e de 2,7% na base anual. No segundo trimestre, o setor agropecuário caiu 2,3%. Contudo, essa queda foi compensada pelo avanço de 1,8% da indústria e de 1% do setor de serviços. Pela ótica da demanda, o consumo das famílias e os gastos do governo avançaram ambos 1,3%, enquanto os investimentos registraram alta de 2,1% no período.


PMI industrial do Brasil recua a 50,4 em agosto – Conforme dados divulgados pela S&P Global nesta segunda-feira (02), o PMI industrial do Brasil desacelerou para 50,4 em agosto após registrar 54,0 em julho, contudo, permanecendo no patamar que indica expansão da atividade. Segundo a S&P, as indústrias reduziram modestamente suas produções pela primeira vez em oito meses, em decorrência da queda nas vendas, do enfraquecimento da demanda subjacente e do aumento das pressões sobre os custos, com a taxa de inflação do setor indo ao patamar mais elevado em 29 meses. Já o ritmo de expansão de novos negócios e as vendas internacionais cresceram no menor ritmo em oito meses. Em nota, a diretora associada de Economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna de Lima, afirmou que “As empresas esperam uma melhoria na taxa de câmbio do real em breve para ajudar a aliviar um pouco as pressões sobre os custos e levar a uma revitalização do crescimento nos próximos meses”.


PMI de serviços do Brasil cai para 54,2 em agosto – Segundo dados publicados pela S&P Global nesta quarta-feira (04), o PMI de serviços recuou de 56,4 em julho para 54,2 em agosto, contudo, permanecendo acima da linha de expansão da atividade pelo décimo primeiro mês consecutivo. “A desvalorização do real, secas em partes do país e o efeito duradouro das enchentes no Rio Grande do Sul empurraram as pressões sobre os custos para o seu nível mais alto em mais de dois anos”, segundo a S&P Global. Com isso, houve um aumento mais acentuado nos preços de venda. Ainda conforme a pesquisa, apesar do PMI de serviços ter caído em relação ao mês anterior, a confiança nos negócios permaneceu elevada, impulsionando a criação de empregos. O PMI composto, por sua vez, caiu de 56 em julho, o maior nível em 25 meses, para 52,9 em agosto, refletindo a desaceleração do setor de serviços e da produção industrial.


Balança comercial brasileira tem superávit de US$ 4,828 bi em agosto – O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) informou, nesta quinta-feira (05), que a balança comercial brasileira registrou um superávit de 4,828 bilhões de dólares em agosto, uma queda de quase 50% sobre o saldo apurado em agosto de 2023. O saldo veio abaixo das expectativas de economistas, que projetavam superávit de 6,1 bilhões de dólares para o período. No mês, houve queda das exportações, em meio a volumes menores de embarques de soja e minério de ferro, e aumento das importações. As exportações somaram 29,078 bilhões de dólares, uma baixa de 6,5% em relação a agosto de 2023. As importações, por outro lado, totalizando 24,250 bilhões de dólares, crescendo 13% no mesmo período. No acumulado do ano até agosto, o saldo comercial foi de 54,078 bilhões de dólares, caindo 13,4% em relação ao saldo observado no mesmo período de 2023. No período, as exportações somaram 227,003 bilhões de dólares (+1,1%) e as importações 172,924 bilhões de dólares (+6,6%).


Ministro da Fazenda afirma que é preciso ter transparência das contas para avaliar medidas de ajuste – Em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (04), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que é necessário ser transparente nas contas públicas para avaliar necessidades de ajuste, argumentando que a quitação dos precatórios pelo governo é uma medida que garante essa visibilidade. “Como é que o Congresso vai se debruçar sobre qualquer proposta sem saber como é que as contas da previdência realmente estão?“, indagou Haddad. O ministro afirmou que a área econômica do governo tem de estar sempre debruçada sobre as contas para avaliar a trajetória de cada rubrica de despesas, citando alterações legais no Benefício de Prestação Continuada (BPC) feitas em 2021. Além disso, Haddad voltou a citar a agenda de controle dos riscos fiscais derivados de decisões judiciais, repetindo que mais de R$ 1 trilhão foi retirado do quadro de riscos fiscais.


Data Referência (30/08/2024 a 05/09/2024)
CDI: 0,20%
Dólar: -0,55%
Ibovespa: 0,34%
IDkA IPCA 2A: 0,47%
IMA-B: 0,10%
IMA-B 5: 0,39%
IMA-B 5+: -0,10%
IMA Geral Ex-C: 0,22%