Boletim Econômico – 13.09.24

Internacional:
Índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos cai a 2,5% em agosto – Segundo dados com ajuste sazonal divulgados nesta quarta-feira (11), pelo Departamento do Trabalho americano, o índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos subiu 0,2% em agosto ante julho, repetindo a variação observada no mês anterior. Com isso, a inflação voltou a desacelerar, de 2,9% para 2,5% em 12 meses. Os dados de agosto vieram conforme as projeções, tanto na leitura mensal quanto na base anual. No que se refere ao núcleo da inflação, que desconsidera as variações de preços de alimentos e energia, houve alta mensal de 0,3% em agosto, acima da estimativa e do resultado de julho, ambas 0,2%. Na comparação anual, a alta foi de 3,2%, a mesma registrada no mês anterior, também em linha com as expectativas.
Nos Estados Unidos, índice de preços ao produtor sobe 0,2% em agosto – Conforme dados publicados nesta quinta-feira (12), pelo Departamento do Trabalho do país, o índice de preços ao produtor dos Estados Unidos avançou 0,2% em agosto após ficar em estabilidade (0,0%) no mês de julho. Na leitura anual, o indicador perdeu força ao registrar 1,7% em agosto, após variar 2,1% no mês anterior. O dado mensal veio levemente acima do esperado, uma vez que os analistas esperavam uma inflação de 0,1%. Já a inflação anualizada veio levemente abaixo das estimativas de 1,8%. O núcleo do indicador, que desconsidera as variações dos preços de alimentos, energia e serviços comerciais, subiu 0,3% em agosto, a mesma variação de julho. Já na comparação anual, a inflação avançou 3,3%, levemente acima dos 3,2% do mês anterior.
Produção industrial da zona do euro cai 0,3% em julho – A Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, publicou nesta sexta-feira (13) que a produção industrial na zona do euro caiu 0,3% em julho, permanecendo no campo negativo após cair 0,1% no mês anterior. Em relação a julho de 2023, a produção industrial do bloco recuou 2,2% no mês, uma queda menos intensa do que a registrada em junho, de -4,1%, segundo dados revisados. Apesar de recuarem, os dados vieram acima do esperado pelos analistas, que estimavam queda mais intensa de 0,6% na comparação mensal e de 2,7% na anual. Em julho, a indústria do setor de bens intermediários subiu 1,3%, enquanto a indústria de energia recuou 0,3%, a de bens de capital caiu 1,6%, a indústria de bens duráveis contraiu 2,8% e a de bens de consumo não-duráveis diminuiu 1,8%.
Banco Central Europeu corta taxa de juros para 3,5% – O Banco Central Europeu divulgou nesta quinta-feira (12) que resolveu cortar as taxas de juros, em meio à desaceleração da inflação e a dificuldade de crescimento da atividade econômica, reduzindo sua taxa de depósito em 25 pontos-base, para 3,50%. A decisão veio conforme a ampla expectativa dos analistas e veio após um corte na mesma magnitude na reunião de junho. Contudo, a autoridade monetária não forneceu pistas sobre seus próximos passos permanecendo com um posicionamento dependente dos dados, ainda que o mercado esteja projetando um ciclo de flexibilização constante nos próximos meses.
Inflação ao consumidor da China sobe 0,6% em agosto – De acordo com os dados publicados pelo escritório nacional de estatísticas da China nesta segunda-feira (09), o índice de preços ao consumidor avançou à taxa anual de 0,6% em agosto, acelerando após subir 0,5% em julho. O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas, que esperavam alta de 0,7% no mês. Na comparação mensal, o índice subiu 0,4% em agosto vindo levemente abaixo da estimativa e da variação do mês anterior, de 0,5%. No que se refere à inflação ao produtor, houve queda de 1,8% e de 0,7% no comparativo mensal.
Com avanço das exportações, China registra superávit comercial de US$ 91 bi em agosto – Conforme dados publicados pela Administração alfandegária da China nesta terça-feira (10), as exportações da China aceleraram inesperadamente em agosto, atingindo seu maior valor em dois anos, respondendo pelo avanço do superávit comercial do país, que passou de US$ 84,65 bilhões em julho para US$ 91,02 bilhões em agosto. No mês, as exportações cresceram 8,7% em comparação com o mesmo mês de 2023, para US$ 308,65 bilhões, superando as estimativas dos analistas, que estimavam uma alta de 6,5%. Em relação ao mês de julho, o aumento foi de 7%. As importações, por sua vez, cresceram apenas 0,5% ante ao mês de agosto de 2023, abaixo das estimativas de crescimento a 2%.

Nacional:
IBC-Br cai 0,41% em julho – De acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira (13), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,41% em julho, desacelerando intensamente após avançar 1,37% em junho. O dado veio acima das expectativas dos analistas, que esperavam queda de 0,80% no mês. Com o resultado, o indicador, que é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), acumula alta de 2,6% no ano e de 2,00% em 12 meses. Já em relação ao mesmo mês de 2023, o crescimento foi de 5,34%.
IPCA recua 0,02% em agosto – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou, nesta terça-feira (10), que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de -0,02% em agosto, a primeira deflação em 14 meses, desacelerando intensamente após 0,38% em julho. Com o resultado, o IPCA acumula 2,85% no ano e 4,24% nos últimos 12 meses, abaixo dos 4,50% observados nos 12 meses até julho. O resultado do mês veio abaixo do esperado pelos analistas, que projetavam variação mensal próxima da estabilidade e 4,30% em 12 meses. Em agosto, dois dos nove grupos pesquisados registraram quedas em seus preços, influenciando significativamente o índice. Habitação, que recuou 0,51%, impactando o indicador em -0,08 p.p., e Alimentação e bebidas, que caiu 0,44% no mês, apresentando o maior impacto negativo (-0,09 p.p.) no índice geral. No mês, as maiores variações foram dos grupos Artigos de residência e Educação, que subiram 0,74% e 0,73%, respectivamente.
Volume de serviços sobe 1,2% em julho – Segundo dados com ajuste sazonal publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (11), o volume de serviços no Brasil cresceu 1,2% em julho ante ao mês anterior. Com o resultado, o setor de serviços se encontra 15,4% acima do nível de fevereiro de 2020 e atinge o ponto mais alto da sua série histórica. Em relação a julho de 2023, o volume de serviços expandiu 4,3%. No acumulado do ano, o volume de serviços cresceu 1,8% frente a igual período de 2023. Já no acumulado dos últimos 12 meses a alta foi de 0,9%. Três das cinco atividades avaliadas pela pesquisa registraram avanço, com destaque para serviços profissionais, administrativos e complementares (4,2%), serviços de informação e comunicação (2,2%), e outros serviços (0,2%). Por outro lado, o setor de transportes (-1,5%) exerceu o principal impacto negativo sobre o total do volume de serviços, seguido pelos serviços prestados às famílias (-0,2%).
Vendas no varejo crescem 0,6% em julho – Segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas no comércio varejista no Brasil subiram 0,6% em julho demonstrando certa recuperação após caírem 0,9% no mês anterior. No ano, o varejo acumula alta de 5,1% e 3,7% nos últimos 12 meses. Em comparação com o mesmo mês de 2023, o setor cresceu 4,4%, a décima quarta alta consecutiva. O resultado de julho foi impulsionado pelo avanço de 1,7% nas vendas do grupo Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e de 2,1% do grupo Outros artigos de uso pessoal e doméstico. Também houve crescimento das vendas dos setores Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,2%), Tecidos, vestuário e calçados (1,8%) e Móveis e eletrodomésticos (1,4%). No que se refere ao comercio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas apresentou variação de 0,1% na leitura mensal, próximo da estabilidade. No acumulado do ano, o indicador registra alta de 4,7%, de 3,8% nos últimos 12 meses e de 7,2% em relação a julho de 2023.

Projeção para déficit primário de 2024 cai de R$ 73,5 bi para R$ 66,6 bi, aponta Prisma Fiscal – Conforme dados do relatório Prisma Fiscal, divulgado nesta sexta-feira (13), economistas consultados pelo Ministério da Fazenda melhoraram suas previsões para o resultado primário do governo neste ano com a expectativa de déficit caindo de R$ 73,500 bilhões para um saldo primário negativo de R$ 66,665 bilhões em 2024. Contudo, houve piorara nas estimativas para 2025, passando de um déficit de R$ 93,067 bilhões, ante R$ 91,689 bilhões divulgados no relatório de agosto. Em relação à dívida bruta do governo geral, as estimativas são que chegue a 77,91% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final de 2024, acima de 77,72% projetados em agosto. Em 2025, a previsão é de que a dívida atinja 80,61% do PIB, piorando ante projeção anterior de 80,32%. A piora das expectativas vêm em meio as preocupações persistentes do mercado com a capacidade do governo de melhorar a trajetória fiscal, diante de dúvidas sobre o impacto efetivo de medidas visando o aumento de arrecadação e incertezas em relação a cortes de despesas.


Data Referência (06/09/2024 a 12/09/2024)
CDI: 0,20%
Dólar: 0,90%
Ibovespa: -1,81%
IDkA IPCA 2A: 0,08%
IMA-B: -0,47%
IMA-B 5: 0,02%
IMA-B 5+: -0,81%
IMA Geral Ex-C: -0,02%
IRF-M: 0,00%
IRF-M 1: 0,16%
IRF-M 1+: -0,08%
S&P 500: 1,68%
IPCA + 5,25%: 0,17%