Boletim Econômico – 27.09.24

Internacional

PMI Composto dos Estados Unidos cai para 54,4 em setembro – Segundo dados preliminares divulgados nesta segunda-feira (23) pela S&P Global, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos Estados Unidos, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu para 54,4 em setembro após 54,6 em agosto. O resultado surpreendeu ao apresentar queda ante as projeções de alta dos analistas, que esperavam avanço a 55,1. O PMI de serviços desacelerou de 55,7 para 55,4, mas ainda ficou acima das expectativas, que indicavam queda para 55. Já o PMI industrial recuou de 47,9 para 47 no mesmo período, atingindo o menor patamar em 15 meses. Neste caso, a projeção era de alta a 48,6.

PIB dos Estados Unidos cresce 3% no segundo trimestre, aponta leitura final – De acordo com a leitura final do indicador publicada pelo Departamento do Comércio do país nesta quinta-feira (26), o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu a uma taxa anualizada de 3,0% no segundo trimestre de 2024, replicando o resultado antecipado na segunda leitura preliminar. Em dólares correntes, o PIB subiu 5,6% no trimestre, o equivalente a US$ 392,6 bilhões, para um nível total de US$ 29,02 trilhões. O crescimento do PIB no segundo trimestre refletiu sobretudo o aumento nos gastos do consumidor, investimento em estoques e investimentos empresariais.

Núcleo da inflação dos Estados Unidos desacelera 0,1% em agosto – De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Departamento de Comércio do país, o núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, desacelerou para 0,1% em agosto após ter subido 0,2% no mês anterior, valor que veio abaixo das projeções dos analistas, que estimavam manutenção da inflação mensal em 0,2%. Em 12 meses, o núcleo do PCE subiu de 2,6%  para 2,7% em agosto.  O índice cheio também desacelerou de 0,2% 0,1% no comparativo mensal e de 2,5% para 2,2% na leitura anual. No período, a inflação dos bens diminuiu 0,2% e os preços dos serviços aumentaram 0,2%. Já os preços dos alimentos aumentaram 0,1% e os preços da energia caíram 0,8%.

PMI composto da zona do euro recua para 48,9 em setembro – Conforme dados preliminares divulgados nesta segunda-feira, 23, pela S&P Global em parceria com o Hamburg Commercial Bank, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro recuou de 51 em agosto para 48,9 em setembro, atingindo o menor patamar em oito meses e ficando no campo da contração. O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas, que estimavam queda do PMI composto a 50,6. No mês, o PMI industrial da zona do euro caiu de 45,8 para 44,8, tocando o menor nível em nove meses e vindo abaixo das estimativas de queda a 45,6. Já o PMI de serviços do bloco diminuiu intensamente, saindo de 52,9 em agosto para 50,5 em setembro e atingiu o menor patamar em sete meses, ficando abaixo da previsão de 52,5. Contudo, o setor de serviços permanece no campo de expansão da atividade, uma vez que se mantém acima de 50 pontos.

Lucro industrial da China cai 17,8% em agosto na comparação anual – Conforme dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS, na sigla em inglês) nesta sexta-feira (27), o lucro industrial da China caiu 17,8% em agosto após expandir 4,1% em julho, no comparativo anual. Com esse resultado, a China registra o primeiro mês de queda após quatro meses consecutivos de alta, em meio ao esforço da indústria chinesa de compensar a queda prolongada do mercado imobiliário. Já no acumulado de janeiro a agosto deste ano, o lucro industrial avançou 0,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Ata da reunião do Banco Central do Japão indica que houve melhor nas condições de emprego e renda no país – De acordo com a ata da reunião de política monetária, realizada nos dias 30 e 31 de julho, os dirigentes do Banco do Japão (BoJ) concordaram que a situação do emprego e da renda melhoraram moderadamente no país. Já em relação à inflação, os membros do BoJ afirmaram que a taxa anual do Índice de preços ao Consumidor havia sido de cerca de 2,5% recentemente em função da alta moderada dos preços dos serviços, refletindo fatores como os aumentos salariais. Na reunião, os integrantes reconheceram que a economia do Japão provavelmente continuaria crescendo em um ritmo acima de sua taxa de crescimento potencial e concordaram que as expectativas de inflação haviam aumentado moderadamente. Além disso, um dos membros observou que, dado o ambiente atual de preços, talvez seja o momento de considerar a possibilidade de aumentar ligeiramente a taxa de juros.

Nacional:

Taxa de desemprego cai para 6,6% no trimestre finalizado em agosto – Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgados nesta sexta-feira (27) pelo IBGE, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,6% no trimestre de junho a agosto, recuando 0,5 ponto percentual (p.p.) ante o trimestre imediatamente anterior, quando a taxa ficou em 7,1%. O resultado do segundo trimestre de 2024 representa o menor nível desde o início da série histórica, que começou em 2012. Já em relação ao mesmo trimestre móvel de 2023 (7,8%), a taxa de desemprego recuou 1,2 ponto percentual. Conforme pesquisa, a população desocupada caiu para 7,3 milhões, o menor número de pessoas procurando trabalho desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015, enquanto o número total de trabalhadores chegou a 102,5 milhões, também batendo novo recorde. Na comparação trimestral, a população ocupada do país cresceu 1,2%, correspondendo a mais 1,2 milhão de trabalhadores. Frente ao mesmo trimestre móvel do ano passado, esse contingente cresceu 2,9%, o equivalente a mais 2,9 milhões de pessoas.

IPCA-15 sobe 0,13% em setembro – Conforme dados publicados nesta quarta-feira (25), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,13% em setembro, desacelerando após 0,19% em agosto. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,15%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o índice variou 4,12%, abaixo dos 4,35% observados nos 12 meses até agosto. Os dados de setembro vieram abaixo do esperado pelos analistas, que projetavam 0,29% na leitura mensal e 4,29% em 12 meses. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete registraram alta em agosto. O grupo Habitação respondeu pela maior variação e maior impacto no índice geral (0,50% e 0,08 p.p.). Já Alimentação e bebidas, grupo com maior peso no índice, subiu 0,05% e impactou o indicador em 0,01 p.p., após dois meses de deflação.

Ata do Copom mantém tom duro e destaca cenário mais desafiador – O Banco Central do Brasil divulgou, nesta terça-feira (24), a Ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), ocorrida nos dias 17 e 18 de setembro. Na ocasião, o colegiado decidiu em unanimidade pela elevação da taxa Selic em 0,25 p.p., para 10,75% a.a.. Em sua avaliação a respeito da conjuntura econômica global, o Comitê destacou a permanência do ambiente externo desafiador, contudo, mais benigno do que observado na reunião anterior. Sobre os Estados Unidos, o colegiado argumentou que permanece grande incerteza a respeito do grau de arrefecimento das pressões no mercado de trabalho e da desaceleração da atividade econômica. Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho permanecem apresentando dinamismo maior do que o esperado. O colegiado argumentou que esse ritmo de crescimento da atividade torna mais desafiador o processo de convergência da inflação à meta. No tocante à inflação, o colegiado mencionou que o cenário prospectivo de inflação se tornou mais desafiador, com o aumento das projeções de inflação de médio prazo, mesmo condicionadas em uma trajetória de taxa de juros mais elevada. Em sua decisão, o Copom julgou válido realizar o aperto monetário de forma gradual, assumindo um posicionamento dependente dos dados, reforçando o contexto de incertezas tanto no ambiente externo quanto doméstico.

IGP-M sobe 0,62% em setembro – Conforme dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (27), o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,62% em setembro acelerando frente aos 0,29% registrados no mês anterior. Com o resultado, o IGP-M acumula alta de 2,64% no ano e de 4,53% nos últimos 12 meses. Em setembro de 2023, o índice havia registrado variação de 0,37% no mês e acumulava queda de 5,97% em 12 meses. Em setembro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou variação de 0,70%, avançando ante a alta de 0,29% observada em agosto. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve alta de 0,33%, avançando após 0,09% em agosto, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou alta de 0,61% em setembro, taxa levemente inferior a variação de 0,64% observada no mês anterior.

Índice de preços ao produtor sobe 0,61% em agosto – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta quinta-feira (26), que o Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação, subiu 0,61% em agosto desacelerando após 1,53% em julho. Segundo afirmou Alexandre Brandão, gerente do IPP no IBGE, em nota oficial, “Após um período com registros negativos, o IPP em 2024 chega ao seu sétimo resultado positivo seguido. O crescimento verificado em agosto foi um pouco menor do que o de julho, com destaque para os aumentos de preços nos setores de alimentos e outros produtos químicos. Por outro lado, a variação negativa obtida pela atividade de indústrias extrativas ajudou a conter o quadro inflacionário na indústria”.

Banco Central melhora projeção para o PIB, indica relatório trimestral de inflação – O Banco Central divulgou nesta terça-feira (26) seu Relatório Trimestral de Inflação (RTI), com novas projeções para os principais indicadores econômicos brasileiros. No documento, o Banco Central melhorou sua projeção para o crescimento econômico em 2024, passando para 3,2% após 2,3%, no documento divulgado em junho, em função de um impacto menor do que o esperado das enchentes no Rio Grande do Sul, contudo, há previsão de desaceleração em 2025. A nova projeção para este ano se alinha aos cálculos do Ministério da Fazenda, que também prevê expansão de 3,2% para o PIB. Já o mercado, segundo a pesquisa Focus mais recente, estima que a economia crescerá 3,00% em 2024. O BC afirmou que a revisão para cima no PIB deste ano decorre principalmente da “elevada surpresa” positiva, mas ponderou que espera um ritmo menor na segunda metade deste ano e ao longo de 2025. Entre as razões para a desaceleração, foi destacado “a expectativa de menor impulso fiscal, interrupção da flexibilização monetária iniciada em 2023, menor grau de ociosidade dos fatores de produção e ausência de forte impulso externo.” A autarquia também espera que a agropecuária registre recuo de 1,6% em 2024 e alta de 2,0% em 2025. Para a indústria, o Banco Central projeta crescimentos de 3,5% em 2024 e 2,4% no ano seguinte. No caso de serviços, a previsão é de altas de 3,2% neste ano e 1,9% em 2025.

Brasil abre 232.513 vagas com carteira assinada em agosto, mostra Caged – Segundo dados divulgados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego nesta sexta-feira (27), o Brasil criou 232.513 vagas de trabalho com carteira assinada no mês de agosto, decorrentes de 2.231.410 admissões e 1.998.897 desligamentos. O resultado de agosto representa a maior criação mensal desde abril, quando criou 239.785 novas vagas. No acumulado do ano foram criados 1.726.489 cargos formais, resultantes de 17.595.190 admissões e 15.868.701 desligamentos atingindo um estoque total de 47.243.764 vínculos celetistas ativos no Brasil.

Data Referência (20/09/2024 a 26/09/2024)

CDI: 0,20%

Dólar: 0,41%

Ibovespa: -0,08%

IDkA IPCA 2A: 0,13%

IMA-B: 0,10%

IMA-B 5: 0,16%

IMA-B 5+: 0,06%

IMA Geral Ex-C: 0,11%

IRF-M: -0,06%

IRF-M 1: 0,19%

IRF-M 1+: -0,18%

S&P 500: 0,56%

IPCA + 5,25%: 0,21%

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