Boletim Econômico – 11.10.24

Internacional

Inflação ao consumidor dos Estados Unidos sobe 0,2% em setembro – Segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quinta-feira (10), pelo Escritório de Estatísticas Trabalhistas do país, o índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos subiu 0,2% em setembro, mantendo a variação registrada no mês de agosto. No acumulado em 12 meses, a inflação desacelerou de 2,5% para 2,4%, o menor aumento desde fevereiro de 2021. Contudo, os dados de setembro vieram acima do esperado, uma vez que as projeções indicavam alta de 0,1% na leitura mensal e 2,3% em 12 meses. No que se refere ao núcleo da inflação, que desconsidera as variações de preços de alimentos e energia, a alta mensal foi de 0,3%, mas se mantém acima da estimativa de avanço de 0,2%. Na base anual, o avanço foi de 3,3%, levemente acima da expectativa de alta a 3,2%, repetindo a variação do mês anterior. O avanço mensal do IPC foi impulsionado, sobretudo, pela alta nos preços de habitação e alimentos, que juntos contribuíram com mais de 75% da alta de todos os itens avaliados pelo índice.

Ata do Fomc destaca dependência de dados para definir cortes futuros – A ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), divulgada nesta quarta-feira (09), reforçou a dependência de dados para definir os ajustes futuros nos juros. No encontro ocorrido nos dias 17 a 18 de setembro, o comitê do Federal Reserve (Fed) optou por cortar a taxa de referência em 0,50 ponto percentual (p.p.), para o intervalo entre 4,75% e 5% a.a., sendo a primeira redução em mais de quatro anos. A ata ressalta que a “maioria substancial” dos membros apoiaram o início da flexibilização da política monetária com um corte de 0,50 p.p. na taxa básica de juros, mas indicam que não se trata de ritmo específico de cortes no futuro. Os membros também deixaram claro que concordam em “avaliar cuidadosamente os dados recebidos, a perspectiva em evolução e o equilíbrio de riscos” para tomar as decisões futuras. De acordo com a ata, se a economia se comportar conforme o esperado, “provavelmente será apropriado adotar uma postura mais neutra da política monetária ao longo do tempo”.

Vendas varejistas na zona do euro crescem 0,2% em agosto – Conforme dados com ajustes sazonais publicados nesta segunda-feira (07) pela Eurostat, agência oficial de estatísticas da União Europeia, as vendas no varejo da zona do euro subiram 0,2% em agosto frente ao resultado de julho, em linha com as estimativas. Na comparação anual, as vendas do setor varejista do bloco cresceram 0,8% no mês, neste caso, valor abaixo das projeções de aumento em 1%. Ademais, a variação mensal das vendas referentes ao mês de julho foi revisada para baixo, passando a de ganho de 0,1% para estabilidade.

Inflação anualizada da Alemanha sobe 1,6% em setembro – O Destatis, departamento federal de estatísticas do país, informou nesta sexta-feira (11) que o índice de preços ao consumidor fechou o mês de setembro com variação de 1,6% em termos anuais, em linha com o esperado, alcançando a taxa mais baixa desde fevereiro de 2021. Na leitura mensal, a inflação ficou estável (0,0%), após cair 0,1% em agosto.

Ata do BCE mostra postura cautelosa em relação a um maior afrouxamento monetário – A ata do Banco Central Europeu, divulgada nesta quinta-feira (10), mostrou que as autoridades pareceram satisfeitas com a queda da inflação, mas defendem um afrouxamento monetário gradual, devido às pressões internas persistentes. Na reunião ocorrida no dia 12 de setembro, o BCE cortou as taxas de juros e indicou que avaliarão a possibilidade de cortar juros na reunião de outubro, ainda que parte do mercado já crave corte de juros para a próxima reunião. “A trajetória básica para 2% depende criticamente de um crescimento menor dos salários, bem como de uma aceleração do crescimento da produtividade em direção a taxas não vistas há muitos anos e acima das médias históricas”, disse o BCE na ata. “Portanto, é preciso monitorar cuidadosamente se a inflação se estabelecerá de forma sustentável na meta em tempo hábil. O risco de atrasos em alcançar a meta do BCE foi considerado como justificativa para alguma cautela para evitar a redução prematura da restrição da política monetária”, acrescentou o BCE.

China anuncia um novo pacote de estímulos à economia do país – O governo da China anunciou nesta terça-feira (08) um novo pacote de estímulos à economia. O governo do país adiantará 100 bilhões de yuan do orçamento de investimento de 2025, que gira em torno de US$ 14,1 bilhões, e outros 100 bilhões de yuan para projetos de construção. Em entrevista, o presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, Zheng Shanjie, confirmou ainda que o governo continuará com a emissão de títulos governamentais especiais de prazo ultralongo para o ano que vem. O pacote não agradou ao mercado, que tinha expectativa de um pacote de trilhões de yuan, além das projeções pessimistas para os dados de setembro, que apontam para uma desaceleração dos indicadores econômicos na China no período.

Nacional

Senado aprova Gabriel Galípolo para a Presidência do Banco Central – O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (08), por 66 votos favoráveis e 5 contra, o nome do economista Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do Banco Central, para a presidência da autarquia. O indicado passou por uma sabatina de quatro horas de duração, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), colegiado que aprovou a indicação por unanimidade, com 26 votos favoráveis e nenhum contrário. Com a aprovação, Galípolo assumirá um mandato de quatro anos à frente do BC, a partir de 2025. O economista abriu a sabatina assegurando aos senadores que recebeu a garantia do presidente Lula de que terá “liberdade na tomada de decisões” na autoridade monetária afirmando que Lula foi “enfático” a respeito de sua autonomia à frente da instituição em todas as oportunidades nas quais se reuniu com o presidente. “Toda vez que me foi concedida a oportunidade de encontrar o presidente Lula, escutei de forma enfática e clara a garantia da liberdade na tomada de decisões e que o desempenho da função deve ser orientado exclusivamente pelo compromisso com o povo brasileiro. Cada ação e decisão deve unicamente ao interesse do bem-estar de cada brasileiro“, declarou.

IPCA sobe 0,44% em setembro – Segundo dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (09), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,44% em setembro, acelerando intensamente após a deflação de 0,02% registrada em agosto. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 3,31% no ano e 4,42% nos últimos 12 meses, acima dos 4,24% observados em 12 meses até agosto. Apesar do avanço ante o mês anterior, o resultado de setembro veio levemente abaixo do esperado pelos analistas, que projetavam variação mensal de 0,46% e 4,43% em 12 meses. Seis dos nove grupos pesquisados registraram altas em seus preços influenciando significativamente o IPCA em setembro com destaque para o grupo Habitação, que avançou 1,80% e impactou o índice geral em 0,27 p.p., e o grupo de Alimentação e bebidas, que contribuiu com 0,11 p.p. para a alta do indicador, ao variar 0,50% no mês.

Vendas no varejo caem 0,3% em agosto – Segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume vendido recuou 0,3% em relação a julho, quando haviam crescido 0,6%. Com isso, o varejo acumula alta de 5,1% no ano e 4,0% em 12 meses. No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas caiu 0,8% na passagem de julho para agosto. Já na comparação com agosto de 2023, houve crescimento de 3,1%. No mês, sete das oito atividades avaliadas pelo indicador ficaram no campo negativo: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,9%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,0%), Móveis e eletrodomésticos (-1,6%), Tecidos, vestuário e calçados (-0,4%), Combustíveis e lubrificantes (-0,2%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%). Em contrapartida, o único setor que apresentou avanço no período foi Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,3%).

Volume de serviços cai 0,4% em agosto – Conforme dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (11), o volume de serviços no Brasil mostrou variação negativa de 0,4% em agosto frente a julho. Em comparação com agosto de 2023, o volume de serviços registrou expansão de 1,7%, o quinto resultado positivo consecutivo. No acumulado do ano, o volume de serviços cresceu 2,7% frente a igual período de 2023 e 1,9% no acumulado em 12 meses. Os dados do mês vieram piores que o esperado pelos analistas, que estimava alta de 0,2% na comparação mensal e crescimento de 3,6% na base anual. Das cincos atividades pesquisadas, apenas duas registraram quedas, mais especificamente, informação e comunicação (-1,0%) e transportes (-0,4%). Por outro lado, outros serviços (1,4%) e serviços prestados às famílias (0,8%) registraram os avanços enquanto setor de profissionais administrativos e complementares (0,0%) ficou estável.

Data Referência (04/10/2024 a 10/10/2024)

CDI: 0,20%

Dólar: 1,77%

Ibovespa: -1,00%

IDkA IPCA 2A: 0,02%

IMA-B: 0,05%

IMA-B 5: 0,02%

IMA-B 5+: 0,06%

IMA Geral Ex-C: -0,08%

IRF-M: -0,21%

IRF-M 1: 0,12%

IRF-M 1+: -0,40%

S&P 500: 1,41%

IPCA + 5,25%: 0,18%

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