Internacional
Fed publica a ata do FOMC e sinaliza abordagem mais gradual para cortar juros – Conforme indicado na ata do Fomc divulgada nesta terça-feira (26), referente à reunião ocorrida no início do mês, as autoridades se mostraram divididas sobre cortes de juros nas próximas reuniões. Alguns membros defenderam maior cautela nas próximas movimentações diante da volatilidade dos dados econômicos divulgados recentemente. Alguns participantes chamaram atenção para a possibilidade de que o Comitê precise pausar a flexibilização da taxa de juros e mantê-la em um nível restritivo se a inflação permanecer muito alta. Além disto, outros participantes afirmaram que os cortes de juros podem ser acelerados “se o mercado de trabalho se deteriorar ou se a atividade econômica vacilar”. Esse cenário, levou ao entendimento de que estas dúvidas “tornaram apropriada a redução gradual da restrição da política monetária”.
PCE: Inflação dos Estados Unidos sobe 0,2% em outubro – Conforme dados divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Escritório Federal de Análise Econômica do país, o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos registrou alta de 0,2% em outubro, ficando em estabilidade ante a variação de setembro e em linha com as expectativas. Na leitura anual, o PCE avançou 2,3%, acelerando em relação à alta de 2,1% registrada no mês anterior. No que se refere ao núcleo do PCE – que exclui preços mais voláteis, como alimentos e energia -, houve alta de 0,3% em outubro, também repetindo a variação de setembro e conforme a projeção do mercado. Na base anual, o núcleo do PCE também demonstrou avanço, ao acelerar de 2,7% em setembro para 2,8% em outubro, em linha com as previsões.
PIB dos Estados Unidos cresce 2,8% no 3º trimestre, em linha com o esperado – Conforme a segunda leitura preliminar divulgada nesta quarta-feira (27), o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu a uma taxa anualizada de 2,8% no terceiro trimestre deste ano, em linha com as projeções e repetindo a expansão publicada na leitura anterior. O avanço refletiu, sobretudo, os aumentos nos gastos do consumidor, exportações, gastos do governo federal e investimento fixo não residencial. Contudo, o PIB caiu em relação ao segundo trimestre, quando subiu 3%, refletindo uma queda no investimento em estoque privado e no investimento fixo residencial.
Inflação da zona do euro sobe 2,3% em novembro – Segundo dados preliminares publicados pela Eurostat nesta sexta-feira (29), o índice de preços ao consumidor da zona do euro subiu a uma taxa anualizada de 2,3% em novembro, acelerando após 2,0% no mês anterior. O resultado veio em linha com as expectativas dos analistas e apresentou aceleração sobretudo em função de um efeito de base estatística, uma vez que os valores excepcionalmente baixos do ano passado foram eliminados da série cronológica, substituídos por valores relativamente modestos, mas um pouco mais altos. Além disto, a alta da inflação foi atribuída ao aumento dos preços de serviços, o maior item individual da cesta de preços ao consumidor. Já o núcleo da inflação, por sua vez, manteve-se estável em 2,7% na base anual também conforme as projeções.
Lucro industrial da China tem queda anual de 10% em outubro, mas sinaliza melhora – Conforme dados divulgados pelo NBS, o escritório de estatísticas do país, o lucro industrial na China caiu 10% em outubro ante igual mês do ano passado. Entretanto, o resultado de outubro apresentou sinais de melhora em relação a setembro, quando o lucro das empresas industriais chinesas sofreu queda anual de 27,1%. No acumulado do ano, o lucro do setor industrial chinês caiu 4,3% ante igual período de 2023.
Nacional
IPCA-15 sobe 0,62% em novembro – Segundo dados divulgados nesta terça-feira (26), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,62% em novembro, acelerando após 0,54% em outubro e 0,13% em setembro. Com isso, o IPCA-15 acumula alta de 4,35% no ano e 4,77% em 12 meses. Os dados de novembro vieram acima do esperado pelos analistas, que projetavam 0,48% na leitura mensal e 4,62% em 12 meses. Dos nove grupos pesquisados, oito registraram alta. O grupo Alimentação e bebidas respondeu pela maior variação e maior impacto no índice geral (1,34% e 0,29 p.p.) ao registrar alta pelo terceiro mês consecutivo. Exercendo o segundo maior impacto no indicador, com 0,17 p.p., o grupo Transportes destacou-se ao subiu 0,82% no mês, impulsionado, sobretudo, pela alta de 22,56% nos preços das passagens aéreas.
Taxa de desemprego cai a 6,2% em outubro, renovando a mínima histórica – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta sexta-feira (29) que a taxa de desemprego no trimestre encerrado em outubro de 2024 caiu para 6,2%, em linha com as expectativas e a menor taxa de desocupação da série histórica da PNAD Contínua do IBGE, iniciada em 2012. O resultado do trimestre encerrado em outubro representou um recuo de 0,6 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre de maio a julho (6,8%) e baixa de 1,4 p.p. ante o mesmo trimestre móvel de 2023 (7,6%). Com o resultado, a proporção de pessoas com 14 anos ou mais que estavam trabalhando chegou ao maior percentual da série histórica da PNAD Contínua, de 58,7%. O número total de trabalhadores no Brasil atingiu um novo recorde, chegando a 103,6 milhões, sendo 53,4 milhões de empregados no setor privado, dos quais 39,0 milhões tinham carteira assinada e 14,4 milhões empregados sem carteira. A população desocupada caiu para 6,8 milhões, o menor número de pessoas em uma década, ou, desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014. No trimestre, o resultado positivo foi puxado pela alta da ocupação na Indústria, Construção e Outros serviços.
Dívida Bruta do Governo Geral sobe a 78,6% do PIB em outubro – O Banco Central informou nesta sexta-feira (29) que a Dívida Bruta do Governo Geral como proporção do Produto Interno Bruto avançou de 78,2% em setembro para 78,6% em outubro. Em reais, a dívida bruta aumentou de R$ 8,928 trilhões para R$ 9,032 trilhões, uma alta de 1,16% em relação a setembro, e de 14,13% ante outubro de 2023. Já a Dívida Líquida do Setor Público caiu de 62,4% do PIB em setembro para 62,1% em outubro. Em reais, atingiu R$ 7,134 trilhões. Esse resultado refletiu os impactos da desvalorização cambial, do superávit primário, da variação do PIB nominal, dos juros nominais apropriados, e dos demais ajustes da dívida externa líquida.
Governo eleva isenção do Imposto de Renda a R$ 5 mil – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira (27) uma série de medidas para impulsionar a economia. As mudanças ainda precisam passar por votação no Congresso e, em sua maioria, valeriam a partir de 2026. Entre as medidas anunciadas está uma reforma nas regras de Imposto de Renda: quem ganha até R$ 5 mil estaria isento de pagar o imposto e quem ganha mais de R$ 50 mil passaria a pagar mais para compensar a perda de arrecadação. Haddad afirmou ainda que “a nova medida não trará impacto fiscal, ou seja, não aumentará os gastos do governo, porque quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês pagará um pouco mais”.
Haddad apresenta medidas do pacote fiscal do governo – Em entrevista coletiva na nesta quinta-feira (28), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, detalhou as principais medidas do pacote de corte de gastos anunciado pelo governo federal com o objetivo de gerar uma economia de R$ 70 bilhões em dois anos e R$ 327 bilhões em cinco anos. Entre as diretrizes básicas do pacote de contenção de gastos, estão: mudanças na regra do salário-mínimo, mudanças no abono salarial, mudanças na aposentadoria militar, regulamentação do teto salarial no serviço público, destinação de 50% das emendas de comissão para a saúde, crescimento abaixo do limite de gastos das emendas globais, aperfeiçoamento dos mecanismos de controle de fraudes e distorções e aumento do limite de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil por mês. O pacote de medidas foi recebido com receio pelo mercado financeiro de modo que o dólar atingiu patamares acima de R$ 6 reais após o anúncio das propostas pelo governo federal. Na avaliação de analistas, o ajuste proposto criou pressão nas próximas decisões do Banco Central para a taxa básica de juros.
Data Referência (22/11/2024 até 28/11/2024)
CDI: 0,17%
Dólar: 3,01%
Ibovespa: -3,50%
IDkA IPCA 2 Anos: -0,22%
IMA Geral ex-C: -0,34%
IMA-B: -1,02%
IMA-B 5: -0,22%
IMA-B 5+: -1,61%
IRF-M: -0,70%
IRF-M 1: 0,04%
IRF-M 1+: -1,11%
S&P 500 (Moeda Original): 0,49%
IPCA+5,25%: 0,15%