Internacional
Inflação dos Estados Unidos sobe a taxa anual de 2,7% – Segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quarta-feira (11), pelo Departamento do Trabalho do país, o índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos subiu 0,3% em novembro, após variar 0,2% no mês anterior. Em 12 meses, a inflação ao consumidor avançou 2,7% em novembro, acima da taxa de 2,6% registrada em outubro. Os dados vieram conforme as projeções do mercado tanto na leitura mensal quanto na base anual. Já o núcleo da inflação, que exclui itens voláteis, como alimentos e energia, registrou uma variação mensal de 0,3%, repetindo a taxa observada nos três meses anteriores. Nos últimos 12 meses, a variação foi de 3,3%. Assim como no índice cheio, os dados do núcleo da inflação também vieram conforme as expectativas.
BCE corta taxa de juros para 3,0% a.a. – O Banco Central Europeu decidiu por cortar a taxa de juros pela quarta vez este ano, na reunião desta quinta-feira (12). O corte foi de 25 pontos-base, levando a taxa para 3,0%. Na ocasião, a presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde, se recusou a especular sobre a trajetória futura dos juros, sinalizando riscos que vão desde possíveis tarifas dos Estados Unidos até a incerteza política na região, destacadamente com a França e a Alemanha, bem como a inflação doméstica persistentemente alta. Por outro lado, quatro membros do BCE defenderam novos cortes nas taxas de juros, desde que a inflação se estabeleça na meta de 2%. Apesar de mostrarem-se divididos, os membros entraram em consenso ao manter a porta aberta para mais reduções de juros.
Produção industrial da zona do euro fica estável em outubro – Conforme divulgou a Eurostat, nesta sexta-feira (13), a produção industrial na zona do euro ficou estável na passagem de setembro para outubro. O dado veio ligeiramente acima das projeções dos analistas, que previam recuo de 0,01%. Na comparação anual, a produção do bloco caiu 1,2% em outubro, ante a estimativa de queda mais intensa, de 2,3%. Além disto, a Eurostat também revisou números da produção de setembro, tanto no confronto mensal de -2,0% para -1,5% na comparação mensal, e de -2,8% para -2,2% no confronto anual.
Inflação desacelera a 0,2% na China em novembro – De acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Estatística no último sábado (07), o índice de preços ao consumidor de novembro subiu 0,2% em relação ao ano passado, registrando desaceleração em relação à alta de 0,3% vista em outubro, sugerindo uma demanda doméstica persistentemente fraca, apesar dos incentivos do governo para reativar a demanda. Já o índice de preços ao produtor caiu 2,5% em novembro, registrando o vigésimo sexto mês consecutivo de declínio. No entanto, o resultado representa uma ligeira melhora em relação à deflação de 2,9% de outubro e à previsão dos analistas de queda de 2,8%. Ainda que a China tenha mostrado alguns sinais de estabilização nos últimos meses devido às medidas de estímulo, os dados sinalizam que a economia chinesa ainda enfrenta dificuldade. Os principais líderes do país sinalizaram um apoio econômico mais ousado no próximo ano, enquanto Pequim se prepara para uma guerra comercial com o novo governo Donald Trump.
Exportações da China avançam menos do que o esperado em novembro – Segundo dados publicados pelo órgão alfandegário do país nesta terça-feira (10), as exportações da China cresceram 6,7% em novembro em comparação com novembro de 2023, perdendo força em relação ao avanço de 12,7% de outubro. Na mesma comparação, as importações, por sua vez, registraram decréscimo de 3,9%, após cair 2,3% em outubro. Contudo, no mês de novembro, a China acumulou superávit na balança comercial de US$ 97,44 bilhões, maior do que o saldo positivo de US$ 95,27 bilhões registrado no mês anterior e acima das projeções dos analistas, que eram de US$ 92,8 bilhões.
Presidente da Argentina promete corte de 90% nos impostos e avançará com fechamento do Banco Central – No discurso em comemoração a um ano de governo, o presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou que reduzirá os impostos em 90% até 2025, devolverá a autonomia fiscal às províncias para atrair investimentos e avançará “no processo de fechamento do Banco Central”. O presidente Milei afirmou que “no próximo ano veremos uma verdadeira competição fiscal entre as províncias da Argentina para ver quem consegue atrair mais investimentos”. Milei prometeu implementar uma reforma que reduzirá os impostos em 90%, que se somará a outras reformas nas pensões, no trabalho, na segurança nacional e até mesmo na reforma política. “Isso nos aproxima cada dia mais do fim definitivo do ‘cepo’ cambial (restrições ao mercado cambial argentino), uma aberração que nunca deveria ter acontecido e que, conosco, vai acabar no próximo ano e para sempre”, argumentou. O presidente mencionou ainda que, para acabar com a restrição cambial e “dar uma solução definitiva ao problema dos estoques do Banco Central”, ele recorreria a “um novo programa com o Fundo Monetário Internacional e/ou por meio de um acordo com investidores privados”. Reiterou que “avançará no processo de fechamento do Banco Central”, porque, em sua análise, isso “acabaria com a inflação para sempre na Argentina”.
Nacional
Copom eleva a taxa Selic para 12,25% a.a. – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central resolveu elevar a taxa Selic em 1,00 p.p., para 12,25% a.a.. A decisão ocorreu em unanimidade e veio em linha com as expectativas do mercado, que já precificava uma alta mais intensa da taxa básica de juros para a última reunião de 2024. No comunicado, o Comitê antecipou a previsão de mais dois aumentos “de mesma magnitude” nas primeiras reuniões de 2025, que ocorrerão em janeiro e março, o que levaria a taxa básica de juros para 14,25% a.a.. Argumentando sobre a decisão de intensificar a alta da taxa Selic, o colegiado ressaltou que o cenário atual é marcado por uma assimetria altista no balanço de riscos para os cenários prospectivos para a inflação, ressaltando a desancoragem das expectativas de inflação, o dinamismo da atividade acima do esperado e uma maior abertura do hiato do produto, tornando necessário a execução de uma política monetária mais contracionista.
IBC-Br avança 0,1% em outubro – De acordo com os dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (13), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 0,1% em outubro em relação ao mês anterior, surpreendendo as estimativas dos analistas, que esperavam recuo de 0,20%. Entretanto, o resultado representa desaceleração após a alta de 0,9% registrada em setembro, após revisão do ganho de 0,8% informado anteriormente. Na comparação com outubro de 2023, o IBC-Br teve alta de 7,3%, enquanto no acumulado em 12 meses subiu 3,4%.
Volume de Serviços cresce 1,1% em outubro – Segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (11), o volume de serviços no Brasil cresceu 1,1% em outubro após avançar 1% em setembro, atingindo um novo recorde da série histórica. Em relação a outubro de 2023, o volume de serviços no país cresceu 6,3%, marcando o sétimo resultado positivo consecutivo. No acumulado no ano, chegou a 3,2% frente a igual período de 2023 e, no acumulado em doze meses, avançou 2,7%, a maior taxa desde fevereiro de 2024. Das cinco atividades avaliadas pela pesquisa, duas registraram crescimento: transportes, que avançou 4,1%, e serviços profissionais, administrativos e complementares, que expandiu 1,6%. Já em comparação a outubro de 2023, houve crescimento em todas as cinco atividades de divulgação.
Vendas no varejo sobem 0,4% em outubro – Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (13), o volume de vendas do comércio varejista avançou 0,4% em outubro, perdendo força após alta de 0,6% no mês anterior. Em relação ao mesmo mês de 2023, as vendas no varejo subiram 6,5%, o décimo sétimo mês da taxa no campo positivo. No acumulado do ano e em 12 meses, o comércio varejista cresceu 5,0% e 4,4%, respectivamente. Em outubro, na comparação mensal, sete das oito atividades investigadas demonstraram alta. Móveis e eletrodomésticos (7,5%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,7%), Tecidos, vestuário e calçados (1,7%), Combustíveis e lubrificantes (1,3%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,3%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (0,3%) registraram taxas positivas. Em contrapartida, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,1%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,5%) recuaram no período. No que se refere ao comércio varejista ampliado, houve crescimento de 0,9% em relação ao mês de setembro, impulsionado pela expansão registrada em Veículos e motos, partes e peças, com 8,1%, e Material de construção, com 0,7%. O avanço do comércio varejista foi de 8,8% em relação a outubro de 2023, acumulando alta de 4,9% no ano e de 4,3% em 12 meses.
Pacote fiscal enfrenta resistências e será alterado pela Câmara – Dois projetos do pacote fiscal tentariam ser votados na Câmara dos Deputados, nesta sexta-feira (13). Contudo, acabou sendo adiado pelo governo Lula (PT) após análise de aliados sobre a insatisfação nos partidos da base e com o objetivo de dar mais tempo para os relatores negociarem seus pareceres. Com a mudança, a votação ficou para a próxima semana, ainda sem data. Foram identificados problemas no conteúdo das propostas. Apesar de sinalizações por parte do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-Al), de que a Casa poderia endurecer as medidas de ajuste fiscal, até agora nenhum dos relatores indicou que vai propor regra além do que já foi apresentado. O deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), relator do projeto de lei do pacote fiscal, afirmou que fará mudanças no texto diante de críticas dos parlamentares, mas que buscará um parecer que garanta, ao mesmo tempo, justiça social e fiscal. “O mercado e a economia não vão se decepcionar com o texto que vou apresentar”, disse. Outro relator, o deputado Átila Lira (PP-PI), afirmou: “Estou tentando melhorar o texto para não ser tão ruim para as grandes empresas. Estabelecer um prazo menor, aumentar o piso de R$ 10 milhões para outro valor, algo assim”, disse Lira. “Mas alertei que qualquer regra que for colocada vai ter dificuldade de aprovação”, comentou.
Data Referência (06/12/2024 até 12/12/2024)
CDI: 0,21%
Dólar: -0,74%
Ibovespa: -1,42%
IDkA IPCA 2 Anos: -0,53%
IMA Geral ex-C: 0,18%
IMA-B: 0,30%
IMA-B 5: -0,38%
IMA-B 5+: 0,80%
IRF-M: -0,03%
IRF-M 1: 0,11%
IRF-M 1+: -0,11%
S&P 500 (Moeda Original): -0,39%
IPCA+5,25%: 0,21%