Boletim Econômico – 03.01.25

Nacional

Dívida bruta do governo chega a 77,7% do PIB em novembro, o equivalente a R$ 9,1 trilhões – Conforme dados divulgados pelo Banco Central do Brasil, nesta segunda-feira (30), a dívida bruta do governo geral (DBGG), que abrange o governo federal, Previdência Social, estados e municípios, totalizou R$ 9,1 trilhões em novembro, correspondendo a 77,7% do produto interno bruto (PIB) do país. O resultado representou um recuo de 0,1 p.p. na comparação com outubro, quando representava 77,8% do PIB. No acumulado do ano até novembro, a proporção da dívida bruta sobre o PIB subiu 3,9 p.p.. No que se refere à dívida líquida do setor público (DLSP), também houve recuo em novembro, encerrando o mês em R$ 7,2 trilhões, o equivalente a 61,2% do PIB. Na comparação com outubro, a dívida líquida como proporção do PIB caiu 0,3 p.p.. Contudo, a DLSP cresceu 0,8 p.p. no acumulado do ano até novembro. Ainda conforme o BC, o déficit primário do setor público, que abrange o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central), estados, municípios e estatais, foi de R$ 6,6 bilhões em novembro.

Desemprego cai a 6,1% no trimestre terminado em novembro – De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (27), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 6,1% no trimestre encerrado em novembro, conforme as projeções dos analistas, atingindo o menor patamar da série histórica, iniciada no primeiro trimestre de 2012. O resultado de novembro representa um recuo ante a taxa de 6,2% registrada no trimestre encerrado em outubro e em relação ao mês de novembro de 2023, quando a taxa de desemprego estava em 7,5%.

IPCA-15 avança 0,34% em dezembro – Segundo dados divulgados pelo IBGE na sexta-feira (27), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,34% em dezembro, desacelerando após 0,62% em novembro. Com isso, o IPCA-15 fechou o ano de 2024 acumulando 4,71%. Os dados de novembro vieram abaixo do esperado pelos analistas, que projetavam 0,45% na leitura mensal e 4,82% na base anual. Dos nove grupos pesquisados, cinco registraram alta no mês. O grupo Alimentação e bebidas respondeu pela maior variação e maior impacto no índice geral (1,47% e 0,32 p.p.). O resultado do grupo foi influenciado pelo avanço dos preços de alimentação no domicílio, que subiu 1,56%, e de alimentação fora do domicílio, que subiu 1,23%.

PMI industrial do Brasil perde força em dezembro e iguala a mínima do ano – A S&P Global divulgou nesta quinta-feira (2) o Índice de Gerentes de Compras (PMI na sigla em inglês), que mostrou que o setor industrial brasileiro encerrou 2024 com perda de força, atingindo o patamar mais baixo do ano. Conforme a pesquisa, o PMI industrial recuou de 52,3 em novembro para 50,4 em dezembro, em um cenário marcado pela desaceleração da demanda, elevação dos custos em decorrência da fraqueza do real contra o dólar e redução do poder de compra, o que restringiu as vendas em algumas fábricas. Segundo Pollyanna de Lima, diretora associada de Economia S&P Global Market Intelligence, “Embora os fabricantes esperem um cenário econômico melhor em 2025, os dados revelaram uma leve perda de confiança. A taxa de juros atualmente elevada, e subindo, pode apresentar desafios para o investimento e o crescimento econômico, potencialmente levando as empresas a priorizarem o gerenciamento de custos e a eficiência em detrimento da expansão”.

Internacional

PMI industrial do ISM dos Estados Unidos sobe a 49,3 em dezembro – O PMI dos Estados Unidos elaborado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) apresentou um aumento de 48,4 em novembro para 49,3 em dezembro. O setor de manufatura dos Estados Unidos enfrenta um desafio prolongado, com a atividade do setor registrando contração pelo nono mês consecutivo em dezembro. O dado de dezembro reforça que o setor segue em território de retração, embora a leve melhoria sugira que a atividade esteja se estabilizando. Embora a economia mais ampla continue a se expandir, a capacidade da manufatura de acompanhar esse crescimento será crucial para determinar se os EUA poderão evitar uma desaceleração mais significativa em 2025.

PMI industrial da zona do euro cai a 45,1 em dezembro – Segundo a pesquisa final da S&P Global, juntamente com o Hamburg Comercial Bank, divulgada nesta quinta-feira (2), o PMI industrial da zona do euro caiu para 45,1 em dezembro, após 45,2 em novembro. O resultado ficou ligeiramente aquém da leitura preliminar, que estimava manutenção em 45,2. Com o resultado, o setor industrial da zona do euro permanece no campo de contração da atividade, não havendo perspectivas de recuperação relevante no curto prazo.

Taxa de desemprego na Alemanha permanece estável em dezembro – A Agência Federal de Emprego do país informou, nesta sexta-feira (3), que a taxa de desemprego na Alemanha permaneceu estável em 6,1% em dezembro, abaixo das projeções dos analistas, que estimavam 6,2%. Ainda que a taxa de desemprego tenha permanecido estável, há sinais de uma possível desaceleração no mercado de trabalho. Houve aumento dos pedidos de seguro-desemprego, passando de 6.000 em novembro para 10.000 em dezembro, em base ajustada. Além disso, o número de vagas de emprego registradas foi de cerca de 654.000, uma diminuição de aproximadamente 59.000 em comparação com o mesmo período do ano anterior.

PMI composto da China avança a 52,2 em dezembro – Conforme dados publicados pelo Escritório Nacional de Estatísticas do país (NBS, na sigla em inglês), o PMI composto da China avançou consideravelmente, de 50,8 em novembro para 52,2 em dezembro, seguindo no patamar de expansão. O PMI de serviços também avançou a 52,2 em dezembro, após 50,0 em novembro, acima da previsão dos analistas, de 50,2. Em contrapartida, o PMI industrial caiu ligeiramente, de 50,3 em novembro para 50,1 em dezembro. O número permaneceu em território de expansão, mas veio abaixo das expectativas dos analistas, que projetavam 50,2.

Banco Central da China reduzirá taxas de juros e compulsório bancário para impulsionar crescimento – Durante reunião na semana passada, cujo conteúdo foi divulgado apenas nesta sexta-feira (3), o Comitê de Política Monetária do Banco Central da China reiterou seu compromisso de reduzir as taxas de juros e o índice de reservas obrigatórias para os bancos quando o momento for oportuno, em uma tentativa de apoiar o crescimento econômico. A autoridade monetária enfatizou a necessidade de intensificar os ajustes na política monetária do país durante sua reunião trimestral realizada no final de dezembro. Os membros do comitê reafirmaram a necessidade de uma política monetária “moderadamente frouxa” para impulsionar o crescimento. Conforme o comunicado da reunião, apesar dos desafios, a economia chinesa permanece geralmente estável. Contudo, o comitê destacou também questões como a demanda doméstica insuficiente e a intensificação dos efeitos adversos devido a mudanças no ambiente externo. Além disso, os membros do comitê pediram a manutenção de ampla liquidez no sistema financeiro e orientação para que as instituições financeiras aumentem a concessão de crédito.


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