IPCA foi de 0,39% em novembro.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou, nesta terça-feira (10), que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,39% em novembro, desacelerando após 0,56% em outubro. Com o resultado, o indicador acumula 4,29% no ano e 4,87% nos últimos 12 meses, acima da variação de 4,76% nos 12 meses até outubro. O resultado de novembro veio acima do esperado pelos analistas, que projetavam variação mensal de 0,37% e 4,85% em 12 meses.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA, três registraram alta em seus preços. Alimentação e bebidas destacou-se ao exercer a maior variação e o maior impacto no indicador (1,55% e 0,33 p.p.), impulsionado pela aceleração da alimentação no domicílio, que subiu 1,81% no mês, em função da alta dos preços de itens como óleo de soja (11,00%), carnes (8,02%) e café moído (2,33%). Alimentação fora do domicílio também registrou alta, avançando 0,88%.
Em seguida, Transportes contribuiu com 0,18 p.p., ao variar 0,89% no mês. O avanço do grupo foi influenciado pela alta das passagens aéreas em 22,65%. Em relação aos combustíveis, houve queda de 0,15%, refletindo as variações de etanol (-0,19%) e da gasolina (-0,16%) ainda que gás veicular (0,09%) e óleo diesel (0,03%) tenha registrado variações positivas.
Em novembro, a alta de 1,43% do grupo Despesas Pessoais impactou o IPCA em 0,14 p.p. e refletiu, principalmente, a alta observada no preço do cigarro (14,91%), após o aumento da alíquota específica do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI incidente sobre cigarros a partir de 1º de novembro.
No que se refere às expectativas do mercado, o Boletim Focus, publicado na última segunda-feira (04), projeta o IPCA em 4,84% para o fechamento de 2024.