DECISÃO DE JUROS EUA
Em comunicado divulgado ao mercado nesta quarta-feira (13), o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve (Fed) anunciou a manutenção de suas taxas de juros básicas no intervalo entre 5,25% e 5,50%, por decisão unânime, em linha com as expectativas do mercado.
O comitê, ao reforçar sua missão de atingir “o pleno emprego e uma inflação de 2% no longo prazo”, declarou seu compromisso em avaliar continuamente a conjuntura econômica e suas implicações na política monetária. Destacou-se a firme determinação em retornar à inflação à meta de 2%.
A fundamentação para essa decisão baseou-se nos indicadores recentes, que apontaram para uma desaceleração da atividade econômica em relação ao vigor observado no terceiro trimestre. Embora os ganhos de emprego tenham diminuído desde o início do ano, permanecem robustos, e a taxa de desemprego permanece baixa. A inflação, embora tenha diminuído ao longo do último ano, mantém-se elevada. O comitê enfatizou também a solidez e resiliência do sistema bancário, mas alertou para condições de crédito restritas para famílias e comércio, com consequências ainda incertas.
Em relação às projeções futuras, o FOMC reiterou a abordagem de avaliar o desempenho dos dados, destacando a necessidade de monitorar novas informações e suas implicações econômicas. A incerteza persiste quanto ao momento em que os cortes de juros serão iniciados. No entanto, a análise das expectativas dos dirigentes, expressa por meio de um gráfico de pontos elaborado pelo próprio órgão, indica a possibilidade de três ou quatro cortes de juros de 0,25 ponto percentual em 2024.
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reafirmou o compromisso de manter a política monetária restritiva até que haja confiança na retomada da inflação à meta de 2%. Ele reconheceu os riscos associados à manutenção das taxas de juros inalteradas por um período prolongado e expressou confiança no processo de desinflação nos EUA. Powell, contudo, hesitou em declarar o término efetivo do ciclo de aperto do Fed. Afirmou também que é improvável que o banco central americano volte a aumentar as taxas de juros, apesar de fazer ressalvas em relação ao cenário otimista sobre a inflação nos EUA, alertando que o crescimento econômico acima da tendência pode prolongar o tempo necessário para que os índices de preços retornem à meta de 2%.