Análise Técnica – 19.09.24

Copom eleva taxa Selic para 10,75% a.a.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central resolveu elevar a taxa Selic em 0,25 p.p., para 10,75% a.a.. A decisão, ocorrida em unanimidade, veio em linha com as expectativas do mercado e logo após o banco central dos Estados Unidos cortar juros em 0,50 p.p., rompendo um ciclo de manutenção desde setembro de 2023.

O colegiado argumentou que o cenário externo permanece desafiador, destacando o atual momento de inflexão da economia dos Estados Unidos, o qual acarreta dúvidas a respeito dos ritmos da desaceleração e desinflação e, por conseguinte, sobre a condução da política monetária por parte do Fed.

Ainda no que se refere ao contexto global, o Comitê afirmou que o ambiente externo segue marcado por uma menor sincronia nos ciclos de política monetária, exigindo cautela por parte de países emergentes. “Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho”, apontou o comunicado.  

Em relação à conjuntura econômica doméstica, o Copom avaliou que “o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo maior do que o esperado. A inflação, medida pelo IPCA cheio, assim como as medidas de inflação subjacentes se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes”.

Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário, o Comitê destacou (i) uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado; e (iii) uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário.

Entre os riscos de baixa, o colegiado ressaltou (i) uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada; e (ii) os impactos do aperto monetário sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado.

Em relação às projeções, o Comitê estima inflação a 4,3% em 2024 e 3,7% em 2025, enquanto as expectativas do Relatório Focus indicam 4,4% e 4,0% para os mesmos períodos.

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