Boletim Econômico – 04.10.24

Internacional

PMI composto dos Estados Unidos recua em setembro – Conforme a leitura final publicada nesta quinta-feira (03) pela S&P Global, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos Estados Unidos recuou de 54,6 em agosto para 54 em setembro, ficando abaixo do dado publicado anteriormente, de 54,4. No mês, o setor de serviços arrefeceu de 55,7 para 55,2, abaixo do dado preliminar, de 55,4. Já o setor industrial caiu para 47,3, após registrar 47,9 em agosto. Neste caso, a leitura final foi ficou acima da estimativa preliminar, de 47.

Estados Unidos criam 254 mil vagas de trabalho em setembro – Segundo dados do relatório payroll, publicado nesta sexta-feira (04) pelo Departamento do Trabalho do país, os Estados Unidos criaram 254 mil vagas de empregos em setembro, acima das estimativas de 146 mil novas vagas e acelerando, surpreendentemente, após criar 159 mil vagas em agosto. A taxa de desemprego, por sua vez, caiu levemente de 4,2% em agosto para 4,1% em setembro. Os dados do mercado de trabalho permanecem como uma das principais variáveis a ser observada pelo Fed, o banco central dos Estados Unidos, para suas próximas decisões de juros.

Taxa de desemprego da zona do euro permanece em 6,4% – A Eurostat, Agência de Estatísticas da União Europeia, divulgou nesta quarta-feira (02), que a taxa de desemprego na zona do euro se manteve em 6,4% em agosto repetindo a mínima histórica registrada em julho, segundo dados com ajustes sazonais. O dado de agosto ficou abaixo das projeções de alta a 6,5%. Conforme a pesquisa, o número de desempregados de agosto era de 10,925 milhões, 94 mil pessoas a menos do que no mês de julho.

Inflação anualizada na zona do euro desacelera – Conforme dados preliminares publicados pela Eurostat nesta terça-feira (01), a taxa anual de inflação ao consumidor da zona do euro desacelerou para 1,8% em setembro, ante 2,2% em agosto, ficando abaixo da meta de inflação de 2% do Banco Central Europeu (BCE) pela primeira vez desde junho de 2021, quando a inflação foi 1,6%. Na comparação mensal, o índice caiu 0,1% em setembro após subir na mesma medida em agosto. Em relação ao núcleo do indicador, que desconsidera os preços de energia e de alimentos, houve alta de 2,7% em setembro, ante igual mês de 2023, desacelerando em relação à alta anual de 2,8% do mês de agosto.

PMI composto da zona do euro cai para 49,6 em setembro – Conforme dados publicados pela S&P Global em parceria com o banco HCOB, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, que reúne dados do setor industrial e de serviços, caiu de 51 para 49,6 em setembro, entrando no patamar de contração. Contudo, o dado ficou significativamente acima do dado preliminar, de queda a 48,9.  O PMI que abrange o setor de serviços na zona do euro caiu de 52,9 para 51,4, mas ficou acima da leitura preliminar de 50,5. “À primeira vista, o setor de serviços da zona do euro parece estar se mantendo bastante bem. Ele ainda está crescendo, e a desaceleração ainda não é muito acentuada”, apontou Cyrus de la Rubia, do Hamburg Commercial Bank. Já o setor industrial, após três meses de estabilidade, caiu de 45,8 para 45,0, atingindo o menor patamar desde dezembro de 2023. Conforme pesquisa, “bolsões de crescimento” cresceram no sul da zona do euro no mês de agosto, com destaque para a Espanha (53,0) e a Grécia (50,3). Contudo, este avanço pouco compensou o momento de fraqueza da indústria da Alemanha (40,6), a maior economia do bloco, que registrou piora considerável nas condições fabris nos últimos 12 meses.

PMI industrial da China sobe a 49,8 em setembro – Segundo dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas do país (NBS, na sigla em inglês), o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China avançou de 49,1 em agosto para 49,8 em setembro, atingindo o nível mais alto desde abril e surpreendendo os analistas, que estimavam alta a 49,4. Contudo, a atividade econômica da China permanece em contração. Já o PMI de serviços caiu para 50 em setembro após 50,3 em agosto, permanecendo em expansão e em linha com as expectativas. Com esses resultados, o PMI composto da China subiu de 50,1 para 50,4 na passagem de agosto para setembro.

BRASIL

Produção industrial no Brasil sobe 0,1% em agosto, diz IBGE – De acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira (02) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial do Brasil cresceu 0,1% em agosto após recuar 1,4% em julho. Em relação a agosto de 2023, o aumento foi de 2,2%. O dado de agosto ficou levemente abaixo das projeções na base anual, de alta de 2,3%, mas em linha com o esperado na leitura mensal, de alta de 0,1%. Conforme André Macedo, gerente da pesquisa, “voltamos ao terreno positivo e isso mantém o setor acima do nível pré-pandemia. Essa manutenção é positiva, mas ainda sim tem que recuperar muitas perdas do passado”. Entre as atividades, a principal influência positiva veio das indústrias extrativas, com alta de 1,1% após recuar 2,2% em julho, com destaque para a produção do petróleo e do minério de ferro. Também apresentaram ganhos, os setores de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,6%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,0%) e de produtos químicos (0,7%). No lado das quedas ficaram veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,3%), produtos diversos (-16,7%) e impressão e reprodução de gravações (-25,1%).

Brasil registra déficit primário de R$ 21,4 bilhões em agosto – Segundo informou o Banco Central do Brasil, nesta segunda-feira (30), o setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 21,4 bilhões em agosto, menor que o saldo negativo de R$ 22,8 bilhões em agosto de 2023. Em doze meses, o setor público consolidado acumulou déficit de R$ 256,3 bilhões, equivalente a 2,26% do PIB, uma queda de 0,03 ponto percentual ante o déficit acumulado nos doze meses até julho. No que se refere a Dívida Bruta, houve avanço de 0,2 p.p. do PIB em relação ao mês anterior, atingindo 78,5% do PIB (R$ 8,9 trilhões). Esse aumento decorreu sobretudo da evolução dos juros nominais apropriados (+0,7 p.p.) e da variação do PIB nominal (-0,5 p.p.). A Dívida Líquida do Setor Público, por sua vez, atingiu 62,0% do PIB (ou R$ 7,0 trilhões) em agosto, também subindo 0,2 p.p. do PIB no mês, refletindo sobretudo os impactos dos juros nominais apropriados (+0,6 p.p.), do déficit primário (+0,2 p.p.), da variação do PIB nominal (-0,4 p.p.), e dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,2 p.p.).

PMI industrial do Brasil avança a 53,2 em agosto – A S&P Global informou nesta terça-feira (01), que o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil se recuperou, passando de 50,4 em agosto para 53,2 em setembro. Segundo a S&P Global, as condições do setor industrial no Brasil tiveram uma melhora significativa, impulsionadas por um novo aumento na produção, criação de empregos fortalecida e aceleração no crescimento das vendas. Para Pollyanna de Lima, diretora associada de Economia da S&P Global Market Intelligence, um fator significativo para a recuperação no mês foi uma melhora acentuada nas vendas, principalmente no setor de bens de capital, que havia indicado fragilidade anteriormente. Para os próximos meses, a diretora afirma que as expectativas são de crescimento. “Apesar desses desafios, as expectativas de negócio otimistas e o crescimento das contratações entre os fabricantes sugerem que o crescimento da produção deve se manter nos próximos meses, indicando a resiliência do setor”.

PMI de serviços do Brasil sobe a 55,8 em setembro – De acordo com dados divulgados pela S&P Global nesta quinta-feira (03), o Índice gerente de compras (PMI) sobre a atividade do setor de serviços do Brasil subiu para 55,8 pontos em setembro, após 54,2 em agosto. Conforme a pesquisa, a recuperação da atividade de serviços foi atribuída a um aumento considerável da atividade de negócios, em meio a uma melhora mais forte na captação de novos negócios. Além disso, houve melhora nos índices de preços subindo de forma branda os custos de insumos e preços de venda, contudo, as taxas de inflação permaneceram acima das suas respectivas médias de longo prazo. Com o resultado, o PMI composto, que mede a atividade industrial de serviços, avançou de 52,9 pontos em agosto para 55,2 pontos em setembro.

Moody’s eleva Rating do Brasil e mantém perspectiva positiva – A agência de classificação de risco Moody’s elevou, nesta terça-feira (01), a nota do Brasil, passando de Ba2 para Ba. Além disto, a instituição manteve a perspectiva positiva para o futuro, afirmando que a atualização reflete melhorias materiais no crédito que espera que continuem à frente. Com a mudança da nota, o Brasil fica a um degrau do chamado grau de investimento, classificação dada a países vistos como de baixo risco de calote. Em nota, a Moody’s destacou que o país tem apresentado um crescimento mais robusto do que o previsto anteriormente e um histórico crescente de reformas que têm dado resiliência ao seu perfil de crédito, ainda que a credibilidade do arcabouço fiscal seja considerada “moderada”. Vale destacar que em maio, a agência havia alterado a perspectiva da nota de crédito do Brasil de estável para positiva, apontando que um crescimento robusto, combinado a um progresso gradual em direção à consolidação fiscal, poderia permitir a estabilização da dívida. Para a Moody’s, o crescimento da economia do país nos próximos anos permanecerá amplo, com a demanda interna impulsionada por um mercado de trabalho relativamente forte.

Data Referência (27/09/2024 a 04/10/2024)

CDI: 0,20%

Dólar: 0,80%

Ibovespa: -1,01%

IDkA IPCA 2A: 0,14%

IMA-B: -0,11%

IMA-B 5: 0,13%

IMA-B 5+: -0,28%

IMA Geral Ex-C: 0,11%

IRF-M: 0,09%

IRF-M 1: 0,19%

IRF-M 1+: 0,05%

S&P 500: -0,79%

IPCA + 5,25%: 0,17%

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