Internacional
Inflação dos EUA cai para 2,4% em março – Conforme dados divulgados pelo Departamento de Trabalho nesta quinta-feira (10), o Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos recuou 0,1% em março, contrariando as expectativas do mercado, que projetavam alta de 0,1%. Trata-se da primeira deflação mensal desde junho de 2024. Em 12 meses, a inflação desacelerou para 2,4% em março, após 2,8% em fevereiro, abaixo das projeções dos analistas de 2,5%. Já o núcleo do indicador, que exclui preços voláteis como alimentos e energia, avançou 0,1% em março em relação ao mês anterior, e 2,8% em 12 meses. A queda foi puxada principalmente pela retração nos preços da energia, que recuaram 2,4% em março. A gasolina, item de grande peso no orçamento das famílias, teve queda expressiva de 6,3%. Do lado das altas, os alimentos continuaram pressionando ao subir 0,4% no mês.
Fed vê riscos de inflação mais alta e de crescimento mais lento nos EUA – O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, publicou nesta quarta-feira (09) a Ata da reunião do Federal Open Market Committee (Fomc), ocorrida nos dias 18 e 19 de março. Na ocasião, o colegiado decidiu, em unanimidade, pela manutenção dos juros na faixa atual de 4,25% a 4,50% a.a.. Conforme o documento, os integrantes da autoridade monetária avaliaram que “a incerteza em relação às perspectivas econômicas havia aumentado, com quase todos os participantes vendo os riscos para a inflação como inclinados para cima e os riscos para o emprego como inclinados para baixo”. Alguns dos participantes da reunião observaram que o Comitê “poderia enfrentar difíceis compensações se a inflação se mostrasse mais persistente enquanto as perspectivas de crescimento e emprego se enfraquecessem”. O Fed reduziu de três para dois o número de cortes de 0,25 p.p. projetados para este ano, apontando o aumento da incerteza em relação aos planos políticos de Trump e seu possível impacto sobre a economia.
Casa Branca esclarece que tarifas sobre a China chegam a 145% – A Casa Branca esclareceu nesta quinta-feira (10) que produtos vindos da China para os Estados Unidos agora estão sujeitos a uma tarifa de pelo menos 145%. A tarifa “recíproca” de 125%, anunciada pelo presidente Donald Trump sobre a China na quarta-feira, soma-se à tarifa de 20% que já estava em vigor. O comunicado da Casa Branca confirmando a nova alíquota ocorreu após o anúncio realizado pelo presidente Trump na quarta-feira gerar dúvidas se as tarifas eram aditivas.
Vendas no varejo da zona do euro sobem 0,3% em fevereiro – Segundo dados com ajustes sazonais publicados pela Eurostat nesta segunda-feira (07), as vendas no varejo na zona do euro subiram 0,3% em fevereiro ante janeiro, que teve seu dado revisado para cima, de queda de 0,3% para estabilidade. Em base anual, o indicador subiu 2,3% em fevereiro após a alta de 1,8% em janeiro. A alta em base mensal foi impulsionada pelo avanço nas vendas de alimentos, bebidas e tabaco, que subiram 0,3%, e produtos não alimentícios, exceto combustível automotivo, que também avançaram 0,3%.
BCE irá considerar efeitos das tarifas e impactos do câmbio na inflação – Em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (11), a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou que irá considerar os efeitos das tarifas e impactos das taxas de câmbio na inflação europeia ao gerenciar a política monetária. “O BCE está sempre pronto para usar as ferramentas disponíveis”, disse. Lagarde acrescentou que o banco central está monitorando cuidadosamente os desdobramentos dos mercados da zona do euro, que estão funcionando de maneira ordenada até o momento. A respeito de outras políticas, a presidente do BCE comentou que é preferível uma resposta fiscal conjunta da União Europeia a qualquer tipo de choque econômico, do que ações individuais de países-membros.
Deflação persiste na China – A Agência Nacional de Estatísticas informou, nesta quinta-feira (10), que o índice de preços ao consumidor da China recuou a uma taxa anualizada de 0,1% em março, após queda de 0,7% em fevereiro. A deflação dos preços ao consumidor na China continuou pelo segundo mês consecutivo em março, com a escalada da guerra comercial com os Estados Unidos ameaçando uma maior pressão de baixa sobre os preços. O núcleo do indicador, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, subiu para 0,5% em março, ante uma queda de 0,1% em fevereiro. A deflação no setor industrial persistiu pelo 30º mês seguido, com o índice de preços do produtor registrando uma queda maior de 2,5%, comparado a 2,2% em fevereiro.
Em nova retaliação, China aumenta tarifas sobre produtos dos EUA para 125% – A China anunciou, nesta sexta-feira (11), que vai aumentar as tarifas sobre produtos dos Estados Unidos de 84% para 125%. A contramedida, que entrará em vigor neste sábado, ocorre em resposta à decisão de Donald Trump de elevar as taxas sobre Pequim em 125%, além dos 20% já existentes, o que resulta em tarifas totais de 145%. “A imposição de tarifas anormalmente altas pelos EUA à China viola seriamente as regras comerciais internacionais e econômicas, as leis econômicas básicas e o bom senso, além de ser uma forma completamente unilateral de intimidação e coerção”, afirmou o Ministério do Comércio do país em comunicado. Conforme a pasta, a China também tomará medidas resolutas e lutará até o fim se os Estados Unidos insistirem em continuar a infringir os interesses chineses de forma substancial. “A imposição repetida de tarifas anormalmente altas pelos EUA à China se tornou um jogo de números e não tem significado econômico prático”, diz a declaração.
Nacional
IPCA sobe 0,56% em março – Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (11), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,56% em março, desacelerando após 1,31% em fevereiro. O resultado representa a maior taxa para o mês de março desde 2023, quando variou 0,71%. Com o resultado, o indicador acumula alta de 2,04% no ano e de 5,48% nos últimos 12 meses. O IPCA de março veio conforme o esperado pelos analistas, tanto na variação mensal quanto na base anual. No mês, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA registraram alta em seus preços. Alimentação e bebidas apresentou a maior variação e o maior impacto (4,70% e 0,25 p.p.), respondendo por aproximadamente 45% do IPCA de março. Em seguida, Despesas pessoais exerceu a segunda maior variação (0,70%), impactando o indicador em 0,07 p.p..
Vendas no varejo crescem 0,5% em fevereiro – Segundo dados publicados pelo IBGE nesta quarta-feira (09), o volume de vendas do comércio varejista subiu 0,5% em fevereiro, após recuo de 0,1% em janeiro. Em relação a fevereiro de 2024, o volume de vendas do varejo cresceu 1,5%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi de 3,6%. Na comparação mensal, quatro das oito atividades pesquisadas tiveram variações positivas: Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,1%); Móveis e eletrodomésticos (0,9%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,3%); e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,1%).
Volume de serviços cresce 0,8% em fevereiro – Conforme dados divulgados nesta quinta-feira (10), o volume de serviços no Brasil cresceu 0,8% em fevereiro frente ao mês anterior. Em relação a fevereiro de 2024, o indicador avançou 4,2%, sua décima primeira taxa positiva consecutiva. O acumulado no ano foi de 2,6% e o acumulado em 12 meses foi de 2,8%, repetindo o ritmo de crescimento verificado no mês anterior. Em fevereiro, quatro das cinco atividades pesquisadas apresentaram alta em suas taxas: Serviços de informação e comunicação (1,8%); Serviços profissionais, administrativos e complementares (1,1%), Serviços prestados às famílias (0,5%); e Outros serviços (2,2%). Em sentido oposto, Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios apontaram a única taxa negativa ao recuar 0,1%.
Dívida bruta do Brasil sobe a 76,2% do PIB em fevereiro – De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Banco Central, a dívida pública bruta do país como proporção do PIB aumentou de 75,7% em janeiro para 76,2% em fevereiro. Em reais, passou de R$ 8,940 trilhões para R$ 9,045 trilhões. Essa evolução no mês decorreu, principalmente, do efeito dos juros nominais apropriados (aumento de 0,7 p.p.), da emissão líquida de dívida (aumento de 0,1 p.p.), e da variação do PIB nominal (redução de 0,4 p.p.). A dívida líquida, que leva em conta as reservas internacionais do Brasil, subiu de 61,1% do PIB em janeiro para 61,4% em fevereiro. Em reais, atingiu R$ 7,297 trilhões. O avanço de 0,3 ponto percentual no mês foi puxado pelos mesmos fatores que impactaram a dívida bruta: juros nominais e déficit primário, parcialmente compensados pelo efeito da variação do PIB nominal e ajustes na dívida externa líquida.
Data Referência (04/04/2025 até 10/04/2025)
CDI: 0,26%
Dólar: 5,44%
Ibovespa: -3,65%
IDkA IPCA 2 Anos: 0,09%
IMA Geral ex-C: -0,09%
IMA-B: -0,78%
IMA-B 5: 0,04%
IMA-B 5+: -1,38%
IRF-M: -0,15%
IRF-M 1: 0,26%
IRF-M 1+: -0,35%
S&P 500 (Moeda Original): -2,38%
IPCA+5,62%: 0,23%