Boletim Econômico – 14.02.25

Internacional

Inflação dos EUA atinge 3% em janeiro e supera as estimativas – Segundo dados publicados pelo Departamento do Trabalho nesta quarta-feira (12), o índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos subiu a uma taxa anualizada de 3,0% em janeiro, acima das expectativas de repetição da alta de 2,9% registrada em dezembro. Na base mensal o índice também veio acima do esperado, passando de 0,4% em dezembro para 0,5% em janeiro, acima da estimativa de 0,3%. No que se refere ao núcleo da inflação, que exclui componentes mais voláteis como alimentos e energia, houve alta na leitura mensal, de 0,4% ante 0,2% registrado em dezembro. Em 12 meses, o núcleo da inflação passou de 3,2% em dezembro para 3,3% em janeiro.

Trump anuncia criação de tarifas recíprocas aos países que cobram taxas dos EUA – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira, um memorando que estabelece a cobrança de tarifas recíprocas a países que cobram taxas de importação de produtos americanos. O memorando não indica uma tarifa específica para cada país, se tratando de uma orientação geral de reciprocidade aos países que impõem dificuldades ao comércio com os Estados Unidos. Chamado de “Plano Justo e Recíproco”, o memorando busca “corrigir desequilíbrios de longa data no comércio internacional e garantir justiça em todos os aspectos“, mencionou o presidente. Durante o anúncio, Trump afirmou que os BRICS podem sofrer uma taxa de, no mínimo, 100% se quiserem “brincar com o dólar”.

Produção industrial da zona do euro recua 1,1% em dezembro de 2024 – De acordo com os dados publicados pela Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, a produção industrial da zona do euro caiu 1,1% em dezembro, após recuo de 0,4% em novembro. Na comparação anual, a produção da indústria do bloco caiu 2%, após baixa de 1,8% registrada no mês anterior. A queda da produção industrial foi mais intensa do que os analistas esperavam, que era de retração de 0,5% no mês. O maior impacto da queda veio de bens de capital, que diminuíram 2,6% em base mensal e pelos bens intermediários, que caíram 1,9%, enquanto os bens de consumo duráveis recuaram 0,7%. Já os bens de consumo não duráveis subiram 5,1%.

Dados preliminares indicam alta de 0,1% do PIB da zona do euro no quarto trimestre de 2024 – Segundo leitura preliminar divulgada pela Eurostat nesta sexta-feira (14), o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro subiu 0,1% no quarto trimestre de 2024, valor acima das projeções que indicavam estabilidade, mas abaixo da expansão de 0,4% registrada no trimestre imediatamente anterior. Entretanto, na base anual, o PIB da zona do euro veio conforme as projeções ao avançar 0,9% no quarto, repetindo a variação observada no trimestre anterior.

Inflação ao consumidor da China atinge maior nível em cinco meses – Conforme dados do Escritório Nacional de Estatísticas do país divulgados no último sábado (08), o índice de preços ao consumidor subiu a uma taxa anualizada de 0,5% em janeiro, acelerando após alta de 0,1% de dezembro e acima das projeções de avanço de 0,4%. Com o resultado, a inflação ao consumidor da China atingiu o seu maior nível em cinco meses. Na leitura mensal, os preços ao consumidor subiram 0,7% em janeiro, abaixo da previsão de 0,8%, ante uma estabilidade dos preços registrada em dezembro. Excluindo os preços mais voláteis, o índice acelerou para 0,6%, ante 0,4% no mês anterior. No que se refere ao índice de preços ao produtor, houve recuo de 2,3% na base anual, abaixo da queda de 2,1% prevista e permanece em território de deflação há 28 meses.

Nacional

IPCA sobe 0,16% em janeiro – Conforme dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,16% em janeiro, desacelerando após 0,52% em dezembro, representando a menor taxa para o mês desde a implantação do plano real, em 1994. Com o resultado, o indicador acumula 4,56% nos últimos 12 meses. O resultado de janeiro veio em linha com o esperado pelos analistas, que projetavam variação mensal de 0,14% e de 4,57% em 12 meses. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA, cinco registraram alta em seus preços com o grupo Transportes exercendo a maior variação e o maior impacto no indicador (1,30% e 0,27 p.p.), impulsionado pelo aumento das passagens aéreas (10,42%), do ônibus urbano (3,84%) e dos combustíveis (0,75%). Em seguida, Alimentação e bebidas contribuiu com 0,21 p.p., ao variar 0,96% no mês, o quinto aumento consecutivo, influenciado pela alta de 1,07% da alimentação no domicílio. Em contrapartida, o grupo Habitação recuou em janeiro (-3,08% e -0,46 p.p.), puxado pela queda de 14,21% da energia elétrica residencial, o subitem com o maior impacto negativo no índice geral (-0,55 p.p.).

Setor de serviços fecha 2024 com alta de 3,1%De acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta quarta-feira (12) pelo IBGE, o volume de serviços prestados no Brasil recuou 0,5% em dezembro ante novembro. Com o resultado, o setor de serviços fechou o ano de 2024 com alta de 3,1%. Em relação a dezembro de 2023, a alta foi de 2,4%. Segundo o IBGE, três das cinco atividades de divulgação avaliadas na pesquisa tiveram queda na comparação mensal: outros serviços caiu 4,2%; profissionais, administrativos e complementares recuou 0,7%; e informação e comunicação registrou queda de 0,7%. Por outro lado, os serviços prestados às famílias cresceram 0,8% e transportes tiveram uma leve alta de 0,1%.

Vendas no comércio caem 0,1% em dezembro e fecham 2024 em 4,7% – Conforme dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (13) pelo IBGE, as vendas no comércio varejista fecharam 2024 com alta de 4,7%, o maior crescimento desde 2012, quando subiu 8,4%. Na comparação mensal, as vendas no comércio no país caíram 0,1% em dezembro, resultado considerado estabilidade, após recuo de 0,2% em novembro. Em relação a dezembro de 2023, o volume de vendas do varejo aumentou 2,0%, marcando o décimo nono mês consecutivo de resultados positivos nesse indicador. No que se refere ao comércio varejista ampliado, que inclui, as atividades de Veículos, motos, partes e peças, Material de construção e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas caiu de 1,4% em novembro e 1,1% em dezembro, na base mensal. Com o resultado, comércio fechou 2024 com alta de 4,1%, a maior desde 2021, quando registrou alta de 4,5%.

Produção de veículos no Brasil tem melhor janeiro desde 2021 – A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) informou nesta segunda-feira (10), que a produção de veículos caiu 7,7% em janeiro ante dezembro de 2024. Em janeiro, foram fabricados 175,5 mil veículos, ante 190,1 mil em dezembro. Apesar da queda mensal, houve alta de 15,1% frente ao resultado de 2024, e teve o melhor mês desde 2021.Já a venda de veículos alcançou 171,2 mil unidades em janeiro na base anual, a alta foi de 6%, sendo este o melhor resultado para janeiro desde 2020.

Haddad diz que inflação deve se acomodar antes do que prevê o mercado – Em entrevista a jornalistas na saída do Ministério da Fazenda, em Brasília, o ministro Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (13), que as indicações atuais para a inflação são positivas e que o nível de preços deve se acomodar antes do que mostram as projeções de mercado. “Hoje tem um novo regime de meta. É um regime mais racional, que é a meta contínua. E o Banco Central vai, se isso acontecer e for confirmado, apresentar um plano de trabalho para trazer a inflação para a meta”, disse Haddad. “Mas as indicações são boas do que já está acontecendo em relação a isso. Nossa perspectiva é de que as coisas se acomodem antes do que o mercado prevê”, afirmou. Questionado sobre as imposições das tarifas de importação ao Brasil, por parte dos Estados Unidos, Haddad afirmou que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e a área econômica do governo estão analisando as informações disponíveis até o momento, para garantir que a reciprocidade seja um princípio adotado nas decisões sobre o tema.

Data Referência (07/02/2025 até 13/02/2025)

CDI: 0,25%

Dólar: -0,12%

Ibovespa: -1,09%

IDkA IPCA 2 Anos: 0,12%

IMA Geral ex-C: 0,26%

IMA-B: 0,32%

IMA-B 5: 0,21%

IMA-B 5+: 0,41%

IRF-M: 0,16%

IRF-M 1: 0,29%

IRF-M 1+: 0,09%

S&P 500 (Moeda Original): 0,52%

IPCA+5,62%: 0,44%

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