Boletim Econômico – 14.06.24

INTERNACIONAL:

Fed mantém juros dos EUA na faixa de 5,25% a 5,50% – O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) divulgou, nesta quarta-feira (12), que resolveu manter os juros do país inalterados em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. Com a decisão, que foi unânime e já era amplamente esperada pelo mercado, o Fed manteve a taxa de juros inalterada pela sétima reunião consecutiva. Em relação às expectativas para este ano, dos 19 membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), oito acreditam que seja apropriado dois cortes neste ano, sete indicaram apenas um corte de 0,25 p.p. e quatro não esperam reduzir a taxa em 2024. Segundo as projeções do Fomc para a inflação, a expectativa para o PCE (Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal) em 2024 é de 2,6%, representando um aumento em relação à projeção anterior de 2,4%, publicada em março.

Inflação ao consumidor nos EUA fica estável em maio – Conforme dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país demonstrou estabilidade (0,0%) em maio. Em relação ao mesmo mês em 2023, a inflação foi 3,3%, menor do que o avanço de 3,4% registrado em abril. Os dados vieram abaixo do esperado pelos analistas, que projetavam uma alta na leitura mensal e anual de 0,1% e 3,4%, respectivamente. No que tange ao núcleo da inflação, que exclui as variações de preços de alimentos e energia, houve desaceleração na comparação mensal, com alta de 0,2% em maio ante variação de 0,3% em abril e, no confronto anual, acumula 3,4%, após 3,6% no mês anterior.

Produção industrial da zona do euro cai 0,1% em abril – A Eurostat, agência oficial de estatísticas da União Europeia, publicou nesta quinta-feira (13) os dados da produção industrial da zona do euro, que demonstraram queda de 0,1% em abril ante o mês de março. No comparativo anual, a produção industrial do bloco recuou 3,0%. Os dados de abril vieram abaixo do esperado pelos analistas, que estimavam uma alta de 0,2% na leitura mensal e uma queda de 1,9% na comparação anual. A agência também revisou os dados do mês de março, registrando agora avanço mensal de 0,5% e queda anual de 1,2%.

Superávit comercial da zona do euro sobe para 19,4 bilhões de euros em abril – Segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta sexta-feira (14) pela Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia, a zona do euro apresentou superávit comercial de 19,4 bilhões de euros em abril, maior do que o saldo registrado no mês anterior, de 17,2 bilhões de euros, conforme dado revisado. Ante ao mês de março, considerando-se ajustes sazonais, as exportações da zona do euro cresceram 3,2% ao passo que as importações subiram 2,3% em abril. No resultado sem ajustes, o superávit comercial foi de 15 bilhões de euros no mês, em contrapartida ao déficit de 11,1 bilhões de euros observado em abril de 2023.

Produção industrial do Reino Unido cai 0,9% em abril – De acordo com dados publicados nesta quarta-feira (12) pelo ONS, o órgão de estatísticas do Reino Unido, a produção industrial do país recuou 0,9% em abril em relação a março, revelando um resultado pior que o estimado pelos analistas, que projetavam queda de 0,1% no período. No comparativo anual, a produção industrial arrefeceu 0,4% em abril, enquanto a expectativa de analistas era de avanço de 0,3%. A produção manufatureira do país caiu 1,4% em abril em relação ao mês anterior e subiu 0,4% em comparação a abril de 2023.

Inflação ao consumidor da Alemanha acelera para 2,4% em maio – O Destatis, escritório de estatísticas da Alemanha, divulgou nesta quarta-feira (12) que a taxa anual de inflação ao consumidor foi de 2,4% em maio, acelerando após 2,2% registrada em abril. No confronto mensal, o indicador avançou 0,1% em maio. Os dados finais confirmaram os números preliminares publicados anteriormente e vieram em linha às estimativas dos analistas. No que se refere ao núcleo da inflação, que exclui as variações de preços de energia e de alimentos, houve variação de 3,0% na leitura anual, demonstrando estabilidade em relação à taxa de abril.

Na China, inflação anual ao consumidor se mantém em 0,3% em maio – O Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) publicou, nesta quarta-feira (12), que o índice de preços ao consumidor da China teve deflação de 0,1% em maio e ficou estável em 0,3% no acumulado de doze meses. O resultado veio abaixo das expectativas dos analistas, que esperavam estabilidade na medição mensal e alta de 0,4% na anual. O núcleo, que desconsidera as variações dos preços de alimentos e energia, registrou alta de 0,6% no mês.

BC do Japão mantém a taxa de juros – O Banco do Japão (BoJ) divulgou nesta sexta-feira (14) que manteve sua taxa básica de juros inalterada. Assim, as taxas de depósitos de curto prazo permaneceram na faixa entre 0% e 0,1%. A decisão, que veio conforme o esperado, foi tomada por unanimidade. O BoJ indicou também que está considerando reduzir a compra de títulos do governo japonês ao decidir, por maioria de 8 votos a 1, que reduzirá posteriormente o seu volume de compras de títulos (JGB) a fim de garantir que as taxas de juro de longo prazo sejam formadas de maneira mais livre nos mercados financeiros.

 

NACIONAL:

IPCA tem alta de 0,46% em maio – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou, nesta quarta-feira (11), que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,46% em maio, acelerando após 0,38% em abril. O IPCA acumula alta de 2,27% no ano e de 3,93% nos últimos 12 meses. No mesmo mês de 2023, a inflação havia sido de 0,23%. Dos nove grupos pesquisados, oito subiram em maio. Os maiores impactos vieram dos grupos Alimentação e bebidas (0,13 p.p.), ao variar 0,62%, e Habitação (0,10 p.p.), ao variar 0,67%. Já o grupo Saúde e cuidados pessoais demonstrou a maior variação, avançando 0,69% e impactando em 0,09 p.p. o índice geral. No grupo Alimentação e bebidas, alimentação no domicílio arrefeceu para 0,66% em maio, após alta de 0,81% em abril. Já alimentação fora do domicílio acelerou de 0,39% em abril para 0,50% em maio. O avanço do grupo Habitação foi puxado pelo reajuste tarifário aplicado na energia elétrica residencial (0,94%) e na taxa de água e esgoto (1,62%) em várias cidades do país. Em Saúde e cuidados pessoais, o resultado foi impulsionado pelas altas do plano de saúde (0,77%) e dos itens de higiene pessoal (1,04%).

IBC-Br sobe 0,01% em abril, ficando em estabilidade – O Banco Central do Brasil informou, nesta sexta-feira (14), que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) ficou em um patamar de estabilidade ao subir apenas 0,01% em abril. O resultado, apesar de vir abaixo do esperado pelos analistas, que estimavam uma alta de 0,45% no mês, demonstrou recuperação ante a queda de 0,34% registrada em março. O IBC-Br, que é considerado um proxy do PIB, apresentou elevação de 4,01%, em relação a abril do ano passado, e de 1,81% em 12 meses. No ano, o índice subiu 2,08%. No que se refere ao trimestre encerrado em abril, o indicador expandiu 0,76% em comparação com o trimestre anterior e 1,63% em relação ao mesmo trimestre de 2023.

Setor de serviços cresce 0,5% em abril – Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo IBGE, o volume do setor de serviços do Brasil avançou 0,5% em abril em relação ao mês de março. Na comparação com o mesmo mês de 2023, o setor expandiu 5,6% após registrar queda de 2,2% no mês anterior. Os dados de abril, vieram acima do esperado pelos analistas, que projetavam uma alta de 0,2% na comparação mensal e de 4,0% na leitura anual. No acumulado do ano, o volume de serviços subiu 2,3% no primeiro quadrimestre de 2024 ante a igual período de 2023. Já no acumulado de 12 meses, o crescimento foi de 1,6%. De março para abril, três das cinco atividades pesquisadas demonstraram crescimento. Transportes subiu 1,7%, outros serviços apresentaram alta de 0,5% e informação e comunicação cresceu 0,4%. Entre as quedas, os serviços profissionais, administrativos e complementares recuaram 1,1% e os serviços prestados às famílias caíram 1,8%, sofrendo sua baixa mais intensa desde outubro de 2023, quando tiveram retração de 1,9%.

Vendas no varejo crescem 0,9% em abril – O IBGE publicou, nesta quinta-feira (13), que as vendas do comércio varejista do Brasil subiram 0,9% em abril, acelerando após 0,3% em março. No trimestre encerrado em abril, a média móvel trimestral subiu 0,7%. Em relação a abril de 2023, a alta foi de 2,2%. O indicador acumula alta no ano e nos últimos 12 meses de 4,9% e 2,7%, respectivamente. Os dados vieram abaixo do esperado pelos analistas, que projetavam um avanço de 1,3% no comparativo mensal e de 3,35% no anual. Cinco das oito atividades pesquisadas subiram em abril, como hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (14,2%) respondendo pelas maiores influências sobre o indicador geral. Em relação ao comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas apresentou queda de 1,0% na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral variou -0,1%. Na série sem ajuste sazonal, o varejo ampliado subiu 4,9% e acumula alta de 4,7% no ano em comparação com abril de 2023 e de 3,3% em 12 meses.

TCU aprova com ressalvas contas do governo Lula de 2023 – O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou com ressalvas, nesta quarta-feira (12), as contas do governo Lula em relação ao ano de 2023. O parecer sobre as contas do governo foi apresentado pelo ministro Vital do Rêgo, que votou pela aprovação. Em unanimidade, os demais ministros da Corte de Contas seguiram o voto positivo do relator. Segundo Vital do Rêgo, as contas estão em condições de serem aprovadas pelo Congresso Nacional, mas há indícios de “distorções contábeis” no Balanço-Geral da União, que causaram um impacto de R$ 109 bilhões no balanço do governo, entre ativos, passivos e patrimônio, e irregularidades na concessão de benefícios tributários pelo governo. Vital sugeriu ao governo que sejam vedadas novas concessões de benefícios fiscais, bem como a ampliação dos valores vigentes em cenário de déficit fiscal. O parecer do relator também aponta que benefícios criados dentro dos programas Minha Casa Minha Vida, Pronac e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) não obedeceram às normas necessárias. A decisão será enviada ao Congresso Nacional, que votará se aprova ou não a prestação de contas do Presidente da República.

 

Data Referência (07/06/2024 a 13/06/2024)

CDI: 0,20%

Dólar: 2,45%

Ibovespa: -2,71%

IDkA IPCA 2A: -0,26%

IMA-B: -0,89%

IMA-B 5: -0,20%

IMA-B 5+: -1,54%

IMA Geral Ex-C: -0,28%

IRF-M: -0,48%

IRF-M 1: 0,11%

IRF-M 1+: -0,75%

S&P 500: 1,51%

IPCA + 5,25%: 0,15%