Boletim Econômico – 17.11.23

Internacional:

 

Inflação ao consumidor nos EUA permanece estável em outubro – De acordo com informações divulgadas pelo Departamento de Trabalho norte-americano, o índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos mostrou estabilidade no mês de outubro em relação a setembro, após registrar um aumento de 0,4% no mês anterior. O acumulado em doze meses alcançou 3,2%. O dado ficou abaixo das projeções levantadas pelo consenso Refinitiv, que antecipava uma elevação de 0,1% na leitura mensal, bem como uma taxa anual de 3,3%. O núcleo da inflação, que desconsidera as variações de alimentos e energia, teve alta mensal de 0,2% ante 0,3% em setembro, enquanto o avanço anual foi de 4,0%.

 

Moody’s revisa perspectiva para rating dos EUA de estável para negativa – A agência de classificação de risco Moody’s, em sua recente avaliação, manteve o rating de emissor de inadimplência a longo prazo e moeda estrangeira (IDR) dos Estados Unidos no patamar AAA. No entanto, houve uma modificação na perspectiva, que anteriormente era estável e passou a ser considerada negativa. Tal alteração foi fundamentada pela agência, que destacou a presença de riscos fiscais em ascensão no país. “A polarização política contínua no Congresso dos EUA aumenta o risco de que sucessivos governos não consigam chegar a um consenso sobre um plano orçamental”, reiterou a agência. Quanto à manutenção das classificações do país em AAA, a Moody’s disse que espera que o país “mantenha a sua força econômica excepcional”.

 

Produção industrial dos EUA tem queda em outubro – A produção industrial nos Estados Unidos apresentou uma contração de 0,6% em outubro, em contrapartida ao aumento de 0,1% registrado no mês de setembro. De maneira análoga, a produção da indústria de transformação registrou uma queda de 0,7% no mesmo período. Conforme esclarecimentos fornecidos pelo Federal Reserve (Fed), entidade coordenadora da pesquisa, as razões para esse desempenho negativo podem ser atribuídas, em grande medida, a uma diminuição de 10% na produção de veículos automotores e suas peças. Este setor em específico foi impactado por greves que ocorreram em diversas montadoras recentemente.

 

CPI da zona do euro desacelera em outubro – O CPI da zona do euro apresentou desaceleração, registrando 2,9% em outubro em termos anualizados, em comparação com os 4,3% registrados no mês de setembro, conforme dados divulgados pela Eurostat. Na análise mensal, a variação da inflação foi de 0,1%. Há um ano, em outubro, o IPC anual situava-se em 10,6%. O valor desta métrica veio em linha com as expectativas do mercado, que, segundo o consenso Refinitiv, projetava uma inflação de 0,1% no mês e de 2,9% ao longo de 12 meses. Para a União Europeia como um todo, a inflação anual atingiu 3,6% em outubro, também inferior aos 4,9% registrados no mês de setembro. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, a taxa era de 11,5%.

 

PIB da zona do euro tem queda no terceiro trimestre – Segundo dados provisórios, ajustados sazonalmente e divulgados pela Eurostat, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro registrou uma contração de 0,1% no terceiro trimestre em comparação com o trimestre anterior, enquanto permaneceu estável na União Europeia. Na comparação anual, a atividade econômica apresentou um aumento de 0,1% tanto na zona do euro quanto na União Europeia. Esses resultados estão em conformidade com as expectativas do mercado, refletindo um alinhamento com as projeções antecipadas para o período em análise.

 

Produção industrial e vendas no varejo da China aceleram em outubro   Apresentando um aumento em relação ao mesmo mês do ano anterior, a produção industrial da China registrou um crescimento de 4,6% em outubro. Este resultado demonstra uma aceleração em comparação com o aumento de 4,5% observado no mês de setembro, superando as expectativas dos analistas consultados pela FactSet, que projetavam um aumento de 4,3%. No segmento de vendas no varejo chinês, houve um avanço de 7,6% na mesma base comparativa, também superando as projeções do mercado, que estimavam um aumento de 7,0%. Em setembro, a alta havia sido de 5,5%. A taxa de desemprego urbana, por sua vez, permaneceu inalterada em 5,0% no mês passado.

 

 

Nacional

 

IBC-Br tem retração em setembro O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) apresentou uma retração de 0,06% em setembro, sucedendo a uma queda de 0,81% no mês de agosto. O desempenho ficou abaixo das expectativas dos analistas, que antecipavam uma elevação de 0,20% no período mencionado. Em relação a setembro de 2022, o IBC-Br demonstrou um crescimento de 0,32%. Com relação ao trimestre encerrado em setembro, o indicador registrou uma queda de 0,64% em comparação com o trimestre anterior. No entanto, em relação ao mesmo trimestre de 2022, evidenciou-se um crescimento de 0,78%. Com esses resultados, o IBC-Br acumula uma alta de 2,77% ao longo do ano e de 2,50% considerando um período de 12 meses.

 

Setor de serviços tem nova queda em setembro – Os dados apresentados pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) indicam que o volume do setor de serviços no Brasil sofreu uma retração de 0,3% em setembro, em comparação com o mês de agosto, após ter registrado uma queda revisada de 1,3% no mês anterior. No que diz respeito ao indicador acumulado do ano, o volume de serviços apresenta um aumento de 3,4% em relação ao mesmo período de 2022. Considerando o acumulado dos últimos 12 meses, observa-se um crescimento de 4,4%. Os dados divulgados permaneceram abaixo das expectativas dos analistas, conforme apontado pelo consenso Refinitiv, que projetava um crescimento de 0,3% na leitura mensal e um aumento de 0,5% na comparação anual.

 

IGP-10 tem alta em novembro – O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) apresentou um aumento de 0,52% em novembro, mantendo a variação de 0,52% registrada em outubro. Com este desempenho, o índice acumula uma variação de -4,16% no ano e de -3,81% nos últimos 12 meses. Ao analisar os dados, destaca-se que o índice ao produtor amplo (IPA) mostrou um avanço nos preços dos produtos agropecuários, que passaram de -1,41% para 0,65%, enquanto houve uma desaceleração nos preços dos produtos industriais, de 1,34% para 0,58%. De maneira semelhante, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou um aumento de 0,39% em novembro, acelerando em comparação com os 0,25% observados em outubro. Por outro lado, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou uma variação de 0,18% em novembro, indicando uma desaceleração em relação aos 0,36% do mês anterior.

 

Mercado prevê piora para déficit primário de 2023 e 2024As projeções do mercado financeiro em relação ao resultado primário para os anos de 2023 e 2024 apresentaram uma perspectiva mais pessimista, atribuída à diminuição na captação de recursos pelo governo, que enfrenta obstáculos na implementação de medidas para impulsionar a arrecadação. Além disso, a incerteza quanto à meta de déficit zero para o ano de 2024, colocada em dúvida pelo presidente Lula, contribuiu para o cenário desfavorável. Conforme revelado pelo boletim Prisma de novembro, divulgado pelo Ministério da Fazenda, a expectativa mediana aponta que o Brasil registrará um resultado primário negativo de 113,512 bilhões de reais em 2023, em comparação com os 110,097 bilhões estimados no relatório anterior. Para o ano subsequente, também houve um agravamento nas projeções, com uma estimativa de déficit de 90,237 bilhões de reais, em contraste com os 84,313 bilhões previstos anteriormente.

 

CVM instaura processo administrativo contra Magazine Luiza A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciou nesta terça-feira (14), a abertura de um processo administrativo para investigar a alegação de que a Magazine Luiza incorreu em equívocos em seus balanços anteriores ao contabilizar bônus destinados a fornecedores que atingissem metas preestabelecidas. Esses equívocos resultaram em uma redução conjunta de R$ 1,3 bilhão na conta de fornecedores nas demonstrações financeiras do ano passado e do primeiro semestre deste ano.

 

Tesouro anuncia primeira emissão de títulos públicos sustentáveis – Conforme comunicado pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira (13), o Brasil está realizando sua primeira emissão de títulos públicos sustentáveis em dólares no mercado internacional. Os referidos títulos têm um prazo de sete anos, com vencimento em 2031, de acordo com informações fornecidas pelo Tesouro. A condução da operação está a cargo dos bancos Itaú BBA, J.P. Morgan e Santander. O Tesouro destacou, em nota, que “o objetivo da operação é reafirmar o compromisso da República com políticas sustentáveis, convergindo com o crescente interesse de investidores não residentes e com a expansão do mercado de títulos temáticos no mundo”.

 

Data Referência (10/11/2023 a 16/11/2023)

CDI: 0,18%

Dólar: -0,88%

Ibovespa: 4,71%

IDkA IPCA 2A: 0,58%

IMA-B: 0,92%

IMA-B 5: 0,55%

IMA-B 5+: 1,26%

IMA Geral Ex-C: 0,54%

IRF-M: 0,71%

IRF-M 1: 0,21%

IRF-M 1+: 0,93%

S&P 500: 3,70%

IPCA + 5,10%: 0,14%

 

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