Boletim Econômico – 18.10.24

Internacional

Produção industrial dos EUA cai 0,3% em setembro – A produção industrial teve uma queda de 0,3% em setembro, revertendo a alta de 0,3% em agosto, devido aos impactos de furacões e à greve da Boeing, segundo o Federal Reserve. Na comparação anual, a produção caiu 0,6%. A manufatura retraiu 0,4%, a mineração teve uma queda de 0,6% e os serviços públicos apresentaram um aumento de 0,7%. A utilização da capacidade também recuou, passando de 77,8% para 77,5%.

Vendas no varejo dos EUA crescem 0,4% em setembro – As vendas no varejo cresceram 0,4% em setembro, superando a previsão de 0,3% dos analistas, totalizando US$ 714,4 bilhões, com um aumento de 1,7% em relação ao ano anterior. No acumulado do ano, o varejo dos Estados Unidos registra uma alta de 2,6%, impulsionado por um crescimento de 0,9% nas vendas de veículos e peças. As vendas online subiram 7,1% em relação a setembro de 2023, enquanto serviços de alimentação e bares aumentaram 3,7%. O varejo de eletrônicos e lojas de alimentos e bebidas também apresentaram crescimento, com altas de 0,6% e 2,0%, respectivamente.

Banco Central Europeu cortou juros em 0,25 p.p. – O Banco Central Europeu (BCE) anunciou um corte de 0,25 p.p. nas taxas de juros, com a taxa sobre depósitos agora em 3,25%. Segundo o BCE, o movimento de desinflação está avançando de forma positiva, apesar de um cenário econômico desafiador. O BCE pretende manter as condições de financiamento restritivas até que a inflação atinja a meta de 2%. O comunicado enfatiza que as decisões futuras sobre as taxas dependerão da análise contínua das perspectivas de inflação e da dinâmica econômica.

Inflação da zona do euro vai a 1,7% em setembro – A inflação na zona do euro registrou uma taxa anualizada de 1,7% em setembro, a mais baixa desde abril de 2021, caindo em relação aos 2,2% de agosto. O índice de preços ao consumidor (IPC) ficou abaixo da previsão de 1,8% dos analistas. Além disso, houve uma deflação de 0,1% em relação ao mês anterior, após um aumento de 0,1% em agosto. O núcleo da inflação, que exclui preços de energia e alimentos, desacelerou de 2,8% para 2,7% na comparação anual. As menores variações foram vistas na Irlanda e na Lituânia, enquanto as maiores taxas anuais foram registradas na Romênia, Bélgica e Polônia.

PIB da China cresceu 4,6% no 3º trimestre – No terceiro trimestre de 2024, o PIB da China cresceu 4,6% na comparação anual, após 4,7% no 2º trimestre. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, a alta foi de 0,9%. No acumulado do ano até setembro, a economia cresceu 4,8%, ainda abaixo da meta oficial de 5%. Apesar de um ambiente externo desafiador e problemas internos, como a fraqueza do mercado imobiliário, a economia chinesa manteve um desempenho relativamente estável. Contudo, analistas expressaram preocupações, ressaltando que os dados refletem a fraca demanda interna e a desaceleração das exportações. Ainda não há indícios de que as medidas de estímulos recentes causarão grande impacto, mas as autoridades permanecem otimistas sobre uma recuperação no quarto trimestre, confiantes em atingir a meta anual.

Dívida pública global deve ultrapassar US$ 100 trilhões em 2024 – O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a dívida pública global ultrapassará US$ 100 trilhões este ano, atingindo 93% do PIB global até o final de 2024 e se aproximando de 100% até 2030. O relatório Monitor Fiscal do FMI destaca que esse aumento é impulsionado por um cenário político que favorece gastos maiores e um crescimento lento que eleva as necessidades de empréstimos. O FMI alerta que a incerteza nas políticas fiscais e as pressões por gastos em áreas como transições ecológicas e segurança são fatores que agravam a situação. Além disso, a dívida pública poderia alcançar 115% do PIB em um cenário adverso. O FMI recomenda um controle fiscal mais rigoroso, especialmente em países como EUA, Brasil e várias economias europeias, onde a dívida continua em ascensão.

Taxa de desemprego em países da OCDE cai em agosto – A taxa de desemprego nos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) caiu de 5% em julho para 4,9% em agosto, conforme divulgado pela organização. Desde abril de 2022, o indicador tem se mantido próximo de 5%. Na comparação com julho, a taxa permaneceu estável em 21 países, enquanto caiu em seis e aumentou em quatro.

Nacional

IBC-Br tem alta de 0,2% em agosto – O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma “prévia do PIB”, registrou um crescimento de 0,2% em agosto em relação ao mês anterior, após uma queda de 0,4% em julho. O resultado superou as expectativas do mercado, que indicavam estabilidade. No ano, o indicador apresenta alta de 2,9%, enquanto em 12 meses o crescimento acumulado é de 2,5%.

IGP-10 tem alta de 1,34% em outubro – O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) acelerou para 1,34% em outubro, em comparação com a alta de 0,18% em setembro, acumulando um crescimento de 3,91% no ano e 5,10% nos últimos 12 meses, segundo a Fundação Getúlio Vargas. Essa elevação foi impulsionada principalmente pelos preços de energia e alimentos, com a seca afetando produtos agropecuários. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,66%, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou um aumento de 0,53%. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, teve uma alta de 0,57%.

Haddad diz que governo tem que tomar providência sobre gastos e dívida – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo precisa tomar medidas urgentes sobre a dinâmica de gastos e a dívida pública, reconhecendo que a Faria Lima tem razão, embora com certo exagero, em suas preocupações. Em entrevista à Folha de São Paulo, Haddad destacou que a Fazenda está atenta a esses desafios. Ele enfatizou a importância de harmonizar a política monetária e fiscal para evitar ciclos viciosos e garantir credibilidade ao mercado, assim como viabilizar uma trajetória de queda da taxa de juros. O ministro também mencionou que é fundamental abordar essas questões estruturalmente, apesar da resistência do governo em cortar despesas que considera que afetam os mais pobres.

Fluxo cambial é positivo em outubro – Até 11 de outubro, o Brasil teve um fluxo cambial positivo de US$ 2,55 bilhões, impulsionado principalmente pela via comercial, conforme informou o Banco Central. No canal comercial, o saldo foi de US$ 2,66 bilhões, enquanto o canal financeiro registrou saídas líquidas de US$ 106 milhões. No acumulado do ano até essa data, o país apresenta um fluxo cambial total positivo de US$ 9,31 bilhões.

Data Referência (11/10/2024 a 17/10/2024)

CDI: 0,20%

Dólar: 1,68%

Ibovespa: 0,34%

IDkA IPCA 2A: 0,49%

IMA-B: -0,44%

IMA-B 5: 0,39%

IMA-B 5+: -1,05%

IMA Geral Ex-C: -0,08%

IRF-M: -0,15%

IRF-M 1: 0,18%

IRF-M 1+: -0,33%

S&P 500: 1,06%

IPCA + 5,25%: 0,21%