Boletim Econômico – 21.02.2025

Internacional

PMI composto dos Estados Unidos recua a 50,4 – Conforme dados preliminares divulgados pela S&P Global nesta sexta-feira (21), o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos Estados Unidos caiu de 52,9 em janeiro para 50,4 em fevereiro, abaixo das projeções dos analistas, que esperavam alta a 53,0. O PMI de serviços, por sua vez, diminuiu de janeiro para fevereiro, de 52,7 para 49,7, atingindo o menor nível do índice em 25 meses e contrariando a previsão de alta a 53,0. Já o PMI industrial, avançou de 51,2 para 51,6 no mesmo período, superando a estimativa de estabilidade.

Fed se preocupa com efeito das tarifas na inflação e deixa corte de juro em suspenso – O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, publicou nesta quarta-feira (19) a Ata da reunião do Federal Open Market Committee (Fomc), ocorrida nos dias 28 e 29 de janeiro. Na ocasião, o colegiado decidiu em unanimidade pela manutenção dos juros na faixa atual de 4,25% a 4,50%. Conforme o documento, os integrantes da autoridade monetária apontaram para os riscos de alta para as perspectivas de inflação, citando “os possíveis efeitos de potenciais mudanças na política de comércio e imigração, o potencial de desenvolvimentos geopolíticos para interromper as cadeias de suprimentos ou gastos domésticos mais fortes do que o esperado.” O comitê argumentou também que a política atual é “significativamente menos restritiva” do que era antes dos cortes nas taxas, dando aos membros tempo para avaliar as condições antes de fazer quaisquer movimentos adicionais. O Fed manteve sua taxa básica inalterada, reiterando que não tem pressa em efetuar novos cortes até que tenha mais certeza de que a inflação esteja arrefecendo para a meta de 2%.

Em discurso, Trump reforça crítica aos países do Brics – Em discurso na conferência dos governadores do Partido Republicano, nesta quinta-feira (20), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar os países do Brics, afirmando que eles “estavam tentando destruir” o dólar. Sobre o assunto, Trump também criticou o ex-presidente, Joe Biden, por não ter interferido na questão. “Quando cheguei, a primeira coisa que disse foi: qualquer nação dos Brics que sequer mencione a destruição do dólar terá de pagar uma tarifa de 150%. E não queremos seus produtos.” Em sua fala, o presidente também exaltou a estratégia de ameaçar outros países com tarifas de importação, voltou a criticar os investimentos da Agência dos Estados Unidos para Desenvolvimento Internacional (USAID) em países estrangeiros, criticou a presença de imigrantes nos EUA e lembrou que pretende “tomar de volta” o controle do Canal do Panamá.

PMI composto da zona do euro se mantém em 50,2 em fevereiro – Conforme dados preliminares publicados nesta sexta-feira (21) pela S&P Global em parceria com o Hamburg Commercial Bank, o PMI composto da zona do euro ficou em 50,2 em fevereiro, repetindo o dado de janeiro. O resultado frustrou a expectativa dos analistas, que previam alta a 50,5. No mês, o setor industrial do bloco avançou de 46,6 para 47,3, alcançando o maior patamar em nove meses. Neste caso, a previsão era de aumento a 47. Já no segmento de serviços, o PMI da zona do euro caiu de 51,3 em janeiro para 50,7 em fevereiro, tocando o menor nível em três meses, ante estimativas de alta a 51,5.

Superávit comercial ajustado da zona do euro sobe a 14,6 bilhões de euros em dezembro – Segundo dadoscom ajustes sazonais publicados nesta segunda-feira (17) pela Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia, a zona do euro apresentou superávit comercial de 14,6 bilhões de euros em dezembro de 2024, acima do dado revisado de novembro, de superávit de 13,3 bilhões. Na comparação mensal, as exportações do bloco caíram 0,2% em dezembro, enquanto as importações recuaram 0,8%, também considerando-se ajustes sazonais. No resultado sem ajustes sazonais, a zona do euro teve superávit comercial de 15,5 bilhões de euros em dezembro, ante superávit de 16,4 bilhões de euros observado em igual mês de 2023.

China prevê estabilizar investimento estrangeiro, após queda de 13,4% – A China divulgou nesta quarta-feira (19) um plano para estabilizar o fluxo de investimentos estrangeiros no país, após o investimento estrangeiro direto (IED) cair 13,4% em janeiro ante igual mês de 2024. O plano foi elaborado pelo Ministério do Comércio e pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China e aprovado nesta semana pelo Conselho de Estado da China. Segundo o comunicado, a fim de atrair mais capitais externos, o governo chinês pretende expandir a abertura nas áreas de telecomunicação, saúde, biotecnologia, educação e outras, além de remover restrições para investimentos no setor industrial e encorajar investimentos em ações chinesas. Essas medidas, entre outras, devem ser incluídas na campanha “Invista na China”, também lançada pelo governo nesta quarta-feira com o objetivo de aumentar a publicidade externa de atração de capital estrangeiro.

Banco Central da China mantém taxas de juros inalteradas – O Banco do Povo da China (PBoC) decidiu, nesta quinta-feira (20), manter as taxas de juros referenciais para empréstimos (LPRs) inalteradas, confirmando as expectativas do mercado. Com a decisão, a LPR com prazo de um ano permaneceu em 3,1%, e a LPR de cinco anos foi mantida em 3,6%. Ainda que os economistas tenham previsto a manutenção das LPRs em fevereiro, seguem esperando que Pequim corte as taxas ao longo do ano para ajudar a estimular a demanda doméstica, sobretudo no mercado imobiliário, em persistente crise.

Nacional

IBC-Br cai 0,73% em dezembro e acumula alta de 3,80% em 2024 – Conforme dados divulgados nesta segunda-feira (17), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,73% em dezembro, após avançar 0,16% em novembro. O resultado veio abaixo das projeções dos analistas, que indicavam recuo de 0,40% no último mês de 2024. Com o resultado, o indicador, que é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), acumulou expansão de 3,8% em 2024. Já em relação ao mesmo mês de 2023, o crescimento foi de 2,36%.

Balança comercial brasileira tem superávit de US$ 991 milhões na 2ª semana de fevereiro – A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), informou nesta segunda-feira (17) que a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 991 milhões na segunda semana de fevereiro. O valor é resultado de US$ 6,16 bilhões em exportações e US$ 5,17 bilhões em importações no período. Com o resultado, a balança comercial acumula superávit de US$ 1,17 bilhão em fevereiro e soma US$ 3,335 bilhões no ano. Na segunda semana de fevereiro, as exportações recuaram 6%, quando comparadas a fevereiro de 2024, puxadas pelas vendas da agropecuária (-21,8%) e da indústria extrativa (-21%). Já as importações, expandiram 8,2%, na mesma base de comparação, e foram puxadas pelas compras da indústria de transformação (+9,8%) e agropecuária (+0,5%).

IGP-10 acelera para 0,87% em fevereiro – Segundo dados publicados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (17), o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-10) avançou 0,87% em fevereiro, acelerando após subir 0,53% no mês anterior. Com esse resultado, o IGP-10 acumula alta de 1,40% no ano e de 8,35% nos últimos 12 meses. O resultado mensal veio acima do projetado pelos analistas, que estimavam uma variação de 0,25%. No mês de fevereiro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve alta de 1,02%, depois de subir 0,57% no mês anterior. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, registrou a alta de 0,44%, depois de avanço de 0,26% em janeiro. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10), por sua vez, subiu 0,55%, depois de uma alta de 0,74% em janeiro.

Haddad diz que queda do dólar e aumento da safra vão contribuir para o controle da inflação – Em entrevista ao canal ICL Notícias, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (21) que espera uma queda na inflação em breve diante da redução do dólar frente ao real e do aumento da safra de alimentos: “com a queda do dólar que aconteceu nos últimos 60 dias, 30 dias, começou a cair o dólar para patamares mais aderentes aos fundamentos da economia brasileira e com safra que vai entrar a partir do final do mês, nós acreditamos que esses preços vão se estabilizar em um patamar mais adequado. Entendemos que vamos colher bons frutos no combate à inflação, inclusive no que diz respeito aos alimentos”.

Data Referência (07/02/2025 até 13/02/2025)

CDI: 0,25%

Dólar: -1,33%

Ibovespa: 2,20%

IDkA IPCA 2 Anos: 0,73%

IMA Geral ex-C: 0,57%

IMA-B: 1,09%

IMA-B 5: 0,65%

IMA-B 5+: 1,44%

IRF-M: 0,77%

IRF-M 1: 0,31%

IRF-M 1+: 1,05%

S&P 500 (Moeda Original): 0,04%

IPCA+5,62%: 0,44%