Boletim Econômico – 22.11.24

INTERNACIONAL

PMI de serviços dos Estados Unidos supera as estimativas – Segundo dados da S&P Global, o PMI de manufatura de novembro dos Estados Unidos avançou de 48,5 em outubro para 48,8 em novembro,em linha com as expectativas, enquanto o PMI de serviços atingiu 57, superando previsões (55,3) e indicando expansão no setor.

Pedidos de auxílio-desemprego registraram queda – No mercado de trabalho americano, pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 6.000, para 213.000 no dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 16 de novembro, segundo informado pelo Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (21).

Zona do Euro registra superávit comercial – O valor de 12,5 bilhões de euros, superou a projeção de 7,9 bilhões de euros e mais que triplicando o saldo anterior de 4,1 bilhões de euros. O desempenho foi impulsionado por exportações de produtos industriais e tecnológicos, enquanto as importações permaneceram controladas.

PMI composto da Zona do Euro cai para 48,1 – O resultado caiu de 50,0 pontos em outubro para 48,1 em novembro, o menor nível desde janeiro. O setor manufatureiro recuou para 45,2, marcando 20 meses consecutivos de declínio, enquanto os serviços caíram para 49,2, entrando em contração pela primeira vez em 10 meses. Apesar de custos industriais menores, os custos nos serviços subiram ao maior nível em três meses, intensificando pressões inflacionárias e criando um cenário estagflacionário. As duas maiores economias, Alemanha e França, registraram recuos significativos no PMI de serviços, para 49,4 e 45,7, respectivamente, refletindo incertezas políticas e aumento de custos salariais, o que agrava o desafio econômico regional.

O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, alertou para um risco real de um conflito global, após a Rússia lançar um míssil balístico hipersônico contra a Ucrânia – O ataque foi descrito pelo presidente russo, Vladimir Putin, como uma resposta ao uso de armas ocidentais por Kiev, escalando as tensões. A Polônia reforça sua posição como defensora da segurança europeia ao alocar 4,7% de seu PIB para fortalecer suas Forças Armadas em 2025, o maior percentual entre os membros da OTAN. O desenvolvimento ocorre em meio à construção de uma nova base de defesa dos EUA na Polônia, aumentando as tensões com Moscou, que alertou para o crescimento do perigo nuclear na região.

G20 defendeu a reforma do sistema financeiro internacional – Com o objetivo de torná-lo mais inclusivo, atendendo às demandas de países emergentes e de baixa renda. O comunicado destacou o compromisso com um sistema mais resiliente e representativo, enfatizando a reestruturação das dívidas e o fortalecimento de bancos multilaterais de desenvolvimento. O grupo também destacou a importância de políticas fiscais responsáveis para garantir sustentabilidade e promover crescimento, além de incluir reformas que aumentem a voz de regiões como a África Subsaariana em decisões globais.

China apresenta dados econômicos mistos – A China divulgou dados econômicos que mostram uma recuperação mista, com a produção industrial crescendo 5,3% em outubro, abaixo dos 5,6% estimados pelo mercado enquanto as vendas no varejo superaram as expectativas, com alta de 4,8% em comparação aos 3,2% de setembro. O investimento em ativos fixos cresceu 3,4% nos primeiros 10 meses do ano, ligeiramente abaixo da projeção de 3,5%, destacando desafios para o país.

China reafirma compromisso com o diálogo econômico com os EUA – Em meio a tensões de retomada da guerra comercial entre os dois países.  China reafirmou seu compromisso com o diálogo econômico com os EUA, apesar da ameaça de tarifas elevadas de até 60% prometidas pelo presidente eleito Donald Trump, que podem reduzir o crescimento chinês em até 1 ponto percentual, segundo estimativas. Para mitigar esses riscos, o governo chinês anunciou medidas para fortalecer o apoio financeiro às exportações e expandir o comércio agrícola, em um esforço para resistir aos choques externos e proteger sua economia.

BRASIL

No cenário nacional, inflação segue preocupando – A inflação segue preocupando, com o IPCA projetado atingindo 4,64% para o fechamento de 2024 e 4,12% para 2025, conforme o último Relatório Focus. Segundo dados do relatório, as projeções para a Selic permaneceram em torno de 11,75%, mas a expectativa para 2025 foi ajustada para 12,00%, sinalizando uma política monetária mais rígida para ancorar as expectativas inflacionárias.

Brasil registra queda no desemprego – A taxa de desemprego no Brasil foi de 6,4% no terceiro trimestre de 2024, com queda em 7 estados, incluindo Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rondônia e Bahia, segundo o IBGE. Nos outros 20 estados, a taxa se manteve estável, com variações menos expressivas. As menores taxas de desemprego foram registradas em Rondônia (2,1%), Mato Grosso (2,3%) e Santa Catarina (2,8%), enquanto as maiores ocorreram em Pernambuco (10,5%), Bahia (9,7%) e Distrito Federal (8,8%). Apenas seis estados apresentaram taxas abaixo da média nacional.

Dólar voltou a acelerar e ultrapassa o patamar de R$ 5,80 – O dólar voltou a ultrapassar os R$ 5,80, fechando na quinta-feira a R$ 5,8117 (+0,76%), refletindo a escalada do conflito entre Rússia e Ucrânia, que aumentou a aversão global ao risco e fortaleceu o dólar frente a moedas emergentes. O índice DXY subiu 0,37% (107,000), enquanto, no Brasil, o Banco Central realizou leilões de swaps para conter a pressão cambial.

Questão fiscal permanece em evidência, com a iminência da publicação da proposta de cortes da equipe econômica – O governo deve anunciar novo bloqueio de R$ 5 bilhões no Orçamento de 2024 nessa sexta-feira (22), elevando o total anual para R$ 17 bilhões. A medida visa cumprir o arcabouço fiscal, que limita o crescimento das despesas públicas. A meta é zerar o déficit, atualmente projetado em R$ 23,8 bilhões, abaixo do limite de R$ 28,8 bilhões. A sustentabilidade fiscal permanece no centro das discussões econômicas, com o governo sob pressão para demonstrar compromisso com a responsabilidade fiscal. A recente redução na dívida pública bruta para 78,3% do PIB é um sinal positivo.

CEO da Petrobras anuncia planejamento de novos investimentos e dá detalhes sobre a produção de barris de petróleo – A CEO, Magda Chambriard, afirma que a Petrobrás não quer “estocar dinheiro” e destacou o investimento planejado de R$ 111 bilhões, representando um acréscimo de 35% em projetos estratégicos, com foco em exploração e produção de petróleo. A companhia projeta um aumento de 100 mil barris por dia em 2025, atingindo 2,5 milhões de barris por dia entre 2027 e 2029, consolidando sua posição como líder no setor. Apesar de investir em fontes renováveis, a Petrobras mantém o petróleo como prioridade, em alinhamento com o Acordo de Paris. A empresa também reforça a retomada no mercado de etanol e a construção de até duas termelétricas no Rio de Janeiro como parte de sua estratégia para agregar valor aos investidores e atender à demanda energética nacional.

Data Referência (15/11/2024 até 21/11/2024)

CDI: 0,17%

Dólar: 0,80%

Ibovespa: -0,64%

IDkA IPCA 2 Anos: 0,41%

IMA Geral ex-C: 0,92%

IMA-B: 0,42%

IMA-B 5: 1,29%

IMA-B 5+: 0,39%

IRF-M: 0,28%

IRF-M 1: 0,18%

IRF-M 1+: 0,33%

S&P 500 (Moeda Original): -0,61%

IPCA+5,25%: 0,11%

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