Boletim Econômico – 31.01.25

Internacional

Fed mantém juros dos EUA entre 4,25% e 4,50% – O Federal Reserve manteve a taxa de juros no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano na reunião desta quarta-feira (29), após três cortes consecutivos. A decisão, que foi unânime, já era esperada pelo mercado, segundo dados do FedWatch da CME Group. Esta foi a primeira reunião do Fomc após a posse de Donald Trump para o segundo mandato, elevando a atenção sobre o posicionamento do Fed. O comunicado destacou o crescimento firme da economia, um mercado de trabalho equilibrado e inflação ainda elevada. O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que não há pressa para novos cortes e que as decisões dependerão dos próximos dados econômicos.

Inflação dos EUA fecha 2024 em 2,6% ao ano – Segundo dados divulgados pelo Bureau of Economic Analysis nesta sexta-feira (31), o índice de preços (PCE) dos Estados Unidos acelerou de 0,1% em novembro para 0,3% em dezembro, em linha com o esperado. Após variar 2,4% no mês anterior na leitura anual, o PCE encerrou 2024 com alta de 2,6%, conforme as projeções, permanecendo acima da meta de 2% do Federal Reserve (Fed). O núcleo do indicador, que exclui alimentos e energia, registrou alta de 0,2% em dezembro, ante 0,1% em novembro, e acumulou 2,8% em 12 meses, repetindo a variação do mês anterior.

PIB dos EUA cresce 2,3% no 4º tri, abaixo das expectativas – Segundo dados preliminares do Bureau of Economic Analysis, divulgados nesta quinta-feira (30), o PIB dos Estados Unidos cresceu a uma taxa anualizada de 2,3% no quarto trimestre, abaixo da expectativa de 2,7% e inferior à alta de 3,1% no trimestre anterior. Em 2024, o PIB avançou 2,8%, ante 2,9% em 2023. O crescimento no ano foi impulsionado pelo aumento nos gastos do consumidor, investimentos, gastos do governo e exportações, enquanto as importações também cresceram.

Trump ameaça taxar Brics em 100% caso abandonem o dólar – O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor tarifas de 100% aos países do Brics caso o bloco substitua o dólar como moeda de reserva. A aliança, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de novos membros como Egito, Irã e Emirados Árabes Unidos, tem debatido o tema após sanções ocidentais à Rússia. Em publicação na Truth Social, Trump declarou: “Vamos exigir um compromisso desses países aparentemente hostis de que eles não criarão uma nova moeda do Brics nem apoiarão qualquer outra moeda para substituir o poderoso dólar dos EUA, ou enfrentarão tarifas de 100%.” Ele ainda reforçou: “Não há chance de que o Brics substitua o dólar dos EUA no comércio internacional ou em qualquer outro lugar, e qualquer país que tentar deve se preparar para tarifas e dar adeus à América!”

Taxa de desemprego da zona do euro sobe a 6,3% em dezembro – Segundo pesquisa com ajustes sazonais da agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat, a taxa de desemprego da zona do euro subiu para 6,3% em dezembro de 2024, em linha com a previsão de analistas. O resultado representa elevação ante a taxa de novembro, de 6,2% (dado revisado). Conforme a Eurostat, havia 10,83 milhões de desempregados na zona do euro em dezembro, uma elevação de 96 mil pessoas sem emprego na região em relação ao mês de novembro.

Índice de sentimento econômico da zona do euro sobe a 95,2 em janeiro – Conforme pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 30, pela Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, o índice de sentimento econômico da zona do euro, que mede a confiança de setores corporativos e dos consumidores, subiu para 95,2 pontos em janeiro, ante 93,7 pontos em dezembro. Em janeiro, a confiança do consumidor subiu para -14,2 pontos após -14,5 em dezembro, enquanto a indústria avançou de -14,1 para -12,9 pontos e a de serviços aumentou de 5,7 para 6,6 pontos, no mesmo período.

PIB da zona do euro cresce 0,7% em 2024, segundo leitura preliminar – Segundo dados preliminares divulgados nesta quinta-feira (30) pela Eurostat, o PIB da zona do euro ficou estável no quarto trimestre de 2024 ante os três meses anteriores, frustrando a expectativa de analistas, que previam alta de 0,1% no período. Na comparação anual, o PIB do bloco teve expansão de 0,9% ante o mesmo período de 2023, também abaixo das projeções de expansão em 1,0%. Em todo o ano de 2024, a economia da zona do euro mostrou crescimento de 0,7% em relação ao ano de 2023.

PMI Industrial da China cai a 49,1 em janeiro – De acordo com uma pesquisa oficial divulgada nesta segunda-feira (27) pelo Escritório Nacional de Estatísticas do país (NBS, na sigla em inglês), o Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial da China caiu de 50,1 em dezembro para 49,1 em janeiro, abaixo da marca de 50 que separa o crescimento de contração. O recuo inesperado da atividade industrial do país atingiu o nível mais fraco desde agosto, surpreendendo os analistas, que esperavam manutenção em 50,1. Já o PMI do setor não manufatureiro caiu de 52,2 em dezembro para 50,2 em janeiro, mas permanecendo no campo de expansão.

Nacional

Brasil atinge taxa de desemprego recorde de 6,6% em 2024 – Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (31) pelo IBGE, a taxa de desemprego foi de 6,2% no trimestre encerrado em dezembro de 2024. Com isso, a média anual ficou em 6,6%, a menor da série histórica iniciada em 2012, que era de 7,4%. Em 2023, o desemprego foi de 7,8%. No ano passado, o número de desocupados caiu 1,1 milhão, totalizando 7,4 milhões, o menor nível desde 2014 (7 milhões). Já a população ocupada atingiu um recorde de 103,3 milhões de pessoas, alta de 2,6% em relação a 2023 (100,7 milhões) e de 15,2% frente a 2012 (89,7 milhões).

Dívida pública bruta do Brasil fecha 2024 em 76,1% do PIB – O Banco Central informou nesta sexta-feira (31) que a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) atingiu 76,1% do PIB em 2024, o equivalente a R$ 9 trilhões. O índice recuou em relação aos 77,7% de novembro, mas ficou acima dos 73,8% registrados em dezembro de 2023. O setor público consolidado teve um déficit primário de R$ 47,6 bilhões (0,40% do PIB) no ano, uma melhora significativa frente ao rombo de R$ 249,1 bilhões (2,28% do PIB) em 2023. Em dezembro, o superávit de R$ 15,7 bilhões reverteu o déficit de R$ 129,6 bilhões do mesmo mês do ano anterior, reduzindo a relação dívida/PIB em 1,6 ponto percentual. Já a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) alcançou 61,1% do PIB, totalizando R$ 7,2 trilhões.

Governo arrecada R$ 2,709 trilhões em 2024 e bate recorde – Segundo a Receita Federal, a arrecadação de tributos do governo federal totalizou R$ 2,709 trilhões em 2024, o maior valor da série histórica iniciada em 1995. O montante representa um aumento real de 9,5% em relação a 2023. Em dezembro, a arrecadação também atingiu um recorde de R$ 261,2 bilhões, 9,62% acima do mesmo mês do ano anterior. De acordo com a Receita, o crescimento foi impulsionado pelo desempenho da economia e pela retomada da tributação sobre combustíveis e fundos exclusivos.

Copom eleva Selic para 13,25% ao ano – O Comitê de Política Monetária do Banco Central elevou a taxa Selic em 1 p.p., para 13,25% ao ano, na quarta-feira (29), marcando a quarta alta consecutiva. A decisão, que ocorreu de forma unânime, já havia sido sinalizada na reunião anterior, que antecipou dois aumentos de mesma magnitude no início de 2025. O Banco Central destacou o cenário externo desafiador, com incertezas na política econômica dos EUA, e, no âmbito doméstico, mencionou a desancoragem das expectativas de inflação, pressões no mercado de trabalho e resiliência da atividade econômica. O comunicado reforçou que “o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião.”

IGP-M desacelera para 0,27% em janeiro de 2025 – A Fundação Getúlio Vargas informou que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) desacelerou para 0,27% em janeiro de 2025, após alta de 0,94% em dezembro de 2024. Essa desaceleração foi impulsionada pela queda nos preços de commodities, como soja e gado bovino e suíno. Com o resultado, o índice acumula alta de 6,75% nos últimos 12 meses. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou alta de 0,24%, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,14%. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, teve uma alta de 0,71%, mostrando aceleração em relação ao mês anterior.

Lula afirma que se Trump taxar o Brasil, haverá reciprocidade – Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, se Donald Trump aumentar a taxa de produtos brasileiros, “haverá reciprocidade do Brasil em taxar os produtos dos Estados Unidos”. Lula também minimizou a relevância do atrito nas relações e o tamanho do comércio com o país. “A nossa exportação com os EUA não é essa supremacia que as pessoas pensam que é. É de cerca de US$ 45 bilhões, nós temos que procurar manter isso e melhorar”, afirmou. O presidente também ressaltou que Trump deve respeitar a soberania dos outros países.

Data Referência (24/01/2025 até 30/01/2025)

CDI: 0,23%

Dólar: -0,66%

Ibovespa: 3,62%

IDkA IPCA 2 Anos: 0,85%

IMA Geral ex-C: 0,62%

IMA-B: 1,33%

IMA-B 5: 0,86%

IMA-B 5+: 1,70%

IRF-M: 0,79%

IRF-M 1: 0,31%

IRF-M 1+: 1,09%

S&P 500 (Moeda Original): -0,78%

IPCA+5,62%: 0,23%

Gostou desse conteúdo exclusivo?
Então não deixe de nos acompanhar também nas redes sociais e ficar por dentro dos assuntos mais relevantes sobre economia, investimentos, Pró-Gestão, ALM e muito mais para o dia a dia do seu RPPS.
LEMA, consultoria de investimentos para todos os RPPS.