Credenciamento inteligente: processo sob medida.
O credenciamento das instituições financeiras no RPPS não é apenas uma formalidade. Ele é o alicerce para garantir que o regime próprio caminhe com segurança em meio a um mercado complexo e, por vezes, turbulento. Cada RPPS tem características únicas, demandas específicas e um contexto particular. Portanto, é fundamental que o credenciamento siga um processo próprio, feito sob medida para aquele RPPS, e não apenas uma adesão passiva ao que as instituições financeiras ou consultorias oferecem.
É aqui que o papel das consultorias e das instituições deve ser visto com clareza. Elas devem fazer parte do processo, serem parceiras no desenvolvimento de uma estratégia sólida e transparente. Mas nunca podem ditar as regras. O credenciamento não pode ser um carimbo automático, é um passo essencial que exige análise criteriosa, levando em conta os critérios de cada RPPS.
E quando falamos em processos sólidos, vale lembrar dos episódios recentes que marcaram o mercado. Quem acompanha os noticiários sabe dos casos de fundos estressados, que resultaram na atuação de órgãos como a Polícia Federal e o Ministério Público. Muitos desses desastres poderiam ter sido evitados se houvesse um credenciamento mais rigoroso, feito sob uma análise criteriosa de risco e compliance. Um processo de credenciamento bem desenhado pode blindar o RPPS contra esses infortúnios e garantir uma carteira de investimentos mais robusta e confiável.
É responsabilidade das consultorias não apenas auxiliar na criação desse processo, mas também capacitar o Comitê de Investimentos. Um comitê bem preparado, que entende os riscos e conhece o mercado, está mais apto a tomar decisões com segurança, evitando armadilhas e garantindo a sustentabilidade do regime.
No fim das contas, um credenciamento eficaz é mais do que uma medida técnica. É um compromisso com a segurança do regime e uma salvaguarda para os nomes dos que do processo participam.