LEMA Economia & Finanças - Mais que uma Empresa de Consultoria de Investimentos para os RPPS

Análise Técnica – 20.03.24

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, novamente, de maneira unânime, reduzir em 0,50 p.p. a taxa básica de juros da economia brasileira, na reunião desta quarta-feira (20).

Com isso, a taxa Selic passa ao patamar de 10,75% a.a.. A decisão já era amplamente esperada pelo mercado, devido à sinalização feita na ata da última reunião, ocorrida em fevereiro.

Apesar da decisão de corte, o comunicado destacou um ambiente externo volátil, marcado pelos debates sobre o início da flexibilização de política monetária nas principais economias e a velocidade com que se observará a queda da inflação de forma sustentada em diversos países. Por outro lado, o Comitê destacou que, no cenário doméstico, os indicadores de atividade seguem consistentes com o cenário de desaceleração, e que a inflação cheia ao consumidor manteve trajetória de desinflação, enquanto as medidas de inflação subjacente se situaram acima da meta.

A leitura do Comitê indica que permanecem fatores de risco em torno da inflação. Entre os riscos de alta, destacam-se fatores como uma maior persistência das pressões inflacionárias globais e resiliência da inflação de serviços no Brasil. Entre os riscos de baixa, destacou-se uma desaceleração mais acentuada da atividade econômica global, além dos impactos do aperto monetário atingirem, de maneira mais intensa, a atividade.

O Comitê voltou a reforçar a importância da execução das metas fiscais estabelecidas para ancoragem das expectativas inflacionárias e para condução da política fiscal.

Por fim, o comunicado também citou que “os membros do Comitê, unanimemente, optaram por comunicar que antevêem, em se confirmando o cenário esperado, a redução de mesma magnitude na próxima reunião”. Ou seja, mais um corte de 0,50 p.p. no próximo encontro.

No que se refere às projeções de inflação, o Comitê estima inflação a 3,5% em 2024 e 3,2% em 2025, enquanto as expectativas do Relatório Focus indicam inflação a 3,8% em 2024 e 3,5% em 2025.