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Boletim Econômico – 05.04.24

INTERNACIONAL:

EUA criam 303 mil vagas de emprego em março, bem mais que o esperado – Segundo dados do payroll divulgados nesta sexta-feira (05) pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, o país criou 303 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola em março, bem mais que o esperado pelos analistas, que estimavam uma criação de 200 mil vagas no mês. O payroll de janeiro foi revisado para cima, passando para 256 mil vagas, ante 229 mil anteriormente. Já o dado de fevereiro foi revisado para baixo, passando de 275 mil para 270 mil novos postos de trabalho. Em março, a taxa de desemprego foi de 3,8%, número abaixo dos 3,9% do mês anterior.

 

Núcleo da inflação do consumo (PCE) dos Estados Unidos avança 0,3% em fevereiro, dentro do esperado – Conforme dados divulgados pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos na sexta-feira passada (29), o núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) do país subiu 0,3% em fevereiro, desacelerando em relação aos 0,5% observados em janeiro. O indicador veio em linha com o estimado pelos agentes do mercado. Em relação à variação anual, o indicador acumula 2,8% até fevereiro, ante 2,9% em janeiro, também em linha com as expectativas. No que se refere ao índice cheio, também houve uma variação de 0,3% em fevereiro, acumulando 2,5% nos últimos 12 meses, revelando um resultado igual ao projetado pelo mercado.

 

PMI industrial dos EUA se mantém no campo positivo, mas recua para 51,9 em março – Segundo pesquisa divulgada pela S&P Global nesta segunda-feira (01), o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial dos Estados Unidos retraiu de 52,2 em fevereiro para 51,9 em março. Apesar da queda na margem, o indicador se posicionou pelo terceiro mês consecutivo acima dos 50,0 pontos, permanecendo na área considerada de expansão da atividade. Ainda conforme a S&P Global, o resultado de março decorre dos sinais de melhoria das condições econômicas e da demanda que alimentaram a produção industrial. Contudo, o crescimento de novas encomendas ficou em um patamar mais brando. No que tange ao nível de preços, a inflação subiu de forma acentuada tanto nos custos dos fatores de produção quanto nos preços dos produtos.

 

Inflação ao consumidor anual da zona do euro desacelera para 2,4% em março – De acordo com os dados preliminares divulgados nesta quarta-feira (03) pela agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro arrefeceu para 2,4% em março em comparação com 2,6% observado em fevereiro. A prévia do indicador de março ficou abaixo do projetado pelos analistas, que estimavam manutenção da taxa em 2,6%. No que se refere ao núcleo do CPI, que desconsidera os preços de energia e de alimentos, também houve desaceleração para 2,9% em março, ante 3,1% em fevereiro.

 

PMI Composto da zona do euro avança para 50,3 em março – O índice de gerentes de compras do setor industrial da zona do euro caiu para 46,1 em março, ante 46,5 em fevereiro. O resultado superou a estimativa preliminar de 45,7, contudo, ficou pelo 21º mês seguido abaixo da marca de 50, que separa crescimento de contração. O dado de março evidenciou uma piora da atividade industrial, contraindo a um ritmo mais acentuado do que em fevereiro. No que se refere ao PMI de serviços, houve avanço de 50,2 em fevereiro para 51,5 em março, evidenciando o nível mais alto em 9 meses. O dado veio acima do consenso LSEG de analistas, que projetava 51,1. No período, o mercado de trabalho do setor de serviços também registrou um desempenho ainda robusto à medida que os níveis de emprego aumentaram pelo 38º mês consecutivo. Com isso, o PMI composto subiu de 49,2 em fevereiro para 50,3 em março, passando da marca neutra de 50,0 pela primeira vez desde maio do ano passado.

 

Vendas no varejo na zona do euro caem 0,5% em fevereiro ante janeiro – De acordo com dados publicados nesta sexta-feira (05) pela Eurostat, as vendas no varejo da zona do euro recuaram 0,5% em fevereiro ante janeiro. O resultado foi pior do que o estimado pelo consenso LSEG de analistas, que estimavam retração de 0,4% no período. Na comparação anual, houve queda de 0,7%. Para a leitura anual, o consenso de analistas estimava queda de 1,3%. A agência também revisou o dado de janeiro, que passaram a mostrar estabilidade na leitura mensal e queda anual de 0,9%.

 

PMI industrial da China sobe para 50,8 em março – O índice de gerentes de compras (PMI) industrial da China subiu de 49,1 em fevereiro para 50,8 em março. Os dados são do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, pela sigla em inglês) do país. O resultado veio acima da expectativa dos analistas, que projetavam um avanço do PMI industrial a 50,0. O número acima de 50 evidencia o primeiro avanço da manufatura chinesa após cinco meses de retração. Ainda conforme a pesquisa, o PMI de serviços da China expandiu de 51,0 em fevereiro para 52,4 em março.

 

NACIONAL:

 

PMI composto do Brasil fica estável em 55,1 em março – Conforme dados divulgados pela S&P Global nesta quarta-feira (03), o índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços no Brasil cresceu de 54,6 em fevereiro para 54,8 em março, atingindo assim o nível mais alto em 20 meses. Com o resultado, o setor auferiu o melhor desempenho trimestral desde os três meses até junho de 2022. No que se refere ao PMI industrial, o indicador arrefeceu para 53,6 em março, ante 54,1 em fevereiro. Em relação ao PMI composto, o índice ficou estável em 55,1.

 

Produção industrial cai 0,3% em fevereiro – Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quarta-feira (03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial brasileira caiu 0,3% em fevereiro, após a queda de 1,6% observada em janeiro. A estimativa do consenso LSEG de analistas era de avanço de 0,3% em fevereiro. Na comparação com o mesmo mês de 2023, a indústria cresceu 5,0%, registrando o sétimo resultado positivo consecutivo nesse índice. O acumulado de janeiro-fevereiro de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado foi de 4,3%. Em 12 meses, ficou em uma variação positiva de 1,0%. Na passagem de janeiro para fevereiro, apesar da queda no índice geral, entre as grandes categorias econômicas, apenas a dos bens intermediários sofreu redução na produção, com recuo de 1,2%, interrompendo quatro meses consecutivos de crescimento. Em contrapartida, os segmentos de bens de capital (1,8%) e de bens de consumo duráveis (1,3%) registraram resultados positivos nesse mês. No que se refere às atividades, dos 25 ramos da indústria avaliados pela pesquisa, 10 demonstraram arrefecimento na produção. Os setores que mais influenciaram negativamente o indicador foram produtos químicos (-3,5%), indústrias extrativas (-0,9%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,0%).

 

IGP-DI cai 0,30% em março, 3º mês seguido de deflação – De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (05) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) arrefeceu 0,30% em março, revelando o terceiro mês seguido de deflação. Contudo, a deflação foi menos intensa que a estimada pelo consenso LSEG de analistas, que projetava uma queda de 0,39%. Com este resultado, o índice acumula queda de 0,97% no ano e de 4,0% em 12 meses. Dos índices que compõe o IGP-DI, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) retraiu 0,50% em março, com deflação inferior ao 0,76% observado em fevereiro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,10%, desacelerando frente ao 0,55% observado no mês anterior. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,28% em março, acelerando em relação aos 0,13% no mês anterior.

 

Produtos agrícolas e setor extrativo puxam queda de 30,4% da balança em março – A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC informou nesta quinta-feira (04) que a balança comercial brasileira retraiu 30,4% em março ante fevereiro, para um superávit de US$ 7,48 bilhões. O dado foi resultado de exportações de US$ 27,98 bilhões, uma queda mensal de 14,8%, e de importações de US$ 20,50 bilhões, 7,1% menores do que em fevereiro. Em março, foi registrada uma queda de 20,8% nas exportações da Agropecuária, que somaram US$ 7,14 bilhões. Já a Indústria Extrativa, por sua vez, retraiu 23,9%, para US$ 6,42 bilhões, e as vendas externas da Indústria de Transformação totalizaram US$ 14,24 bilhões, valor 6,2% menor que o de fevereiro. No acumulado do primeiro trimestre, a balança comercial cresceu 22,2% ante o mesmo período de 2023, apresentando superávit de US$ 19,08 bilhões. No período, as exportações cresceram 3,2% e somaram US$ 78,27 bilhões. Já as importações caíram 1,8% e totalizaram US$ 59,19 bilhões.

 

Déficit nominal do setor público consolidado fica acima do esperado em fevereiro – Conforme informou o Banco Central nesta sexta-feira (05), o setor público consolidado registrou um déficit nominal em fevereiro acima do esperado, com aumento da dívida bruta. O déficit nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais, chegou a R$ 113,86 bilhões no mês, enquanto analistas projetavam um saldo negativo de R$ 104,0 bilhões. No acumulado em 12 meses, o déficit nominal foi de R$ 1,015 trilhão, o equivalente a 9,24% do PIB. No mês, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 48,69 bilhões, enquanto o consenso LSEG esperava um resultado negativo de R$ 48,05 bilhões. O governo central teve déficit primário de R$ 57,821 bilhões, estados e municípios registraram superávit primário de R$ 8,646 bilhões e as estatais tiveram saldo positivo de R$ 483 milhões. Já a dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou fevereiro em 75,5%, ante 75,1% em janeiro, enquanto a dívida líquida passou de 60,1% para 60,9% no mesmo período.

 

Data Referência (28/03/2024 a 04/04/2024)

CDI: 0,20%

Dólar: 0,76%

Ibovespa: -0,21%

IDkA IPCA 2A: 0,26%

IMA-B: -0,21%

IMA-B 5: 0,23%

IMA-B 5+: -0,62%

IMA Geral Ex-C: 0,01%

IRF-M: -0,05%

IRF-M 1: 0,15%

IRF-M 1+: -0,13%

S&P 500: -1,93%

IPCA + 5,25%: 0,17%