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Boletim Econômico – 12.04.24

INTERNACIONAL:

Inflação do consumidor (CPI) nos EUA foi de 0,4% em março – Segundo dados com ajuste sazonal publicados pelo Departamento do Trabalho nesta quarta-feira (10), o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos subiu 0,4% em março, demonstrando estabilidade ao registrar a mesma taxa observada em fevereiro. Em comparação a março de 2023, a inflação foi de 3,5%, revelando alta em relação aos 3,2% do mês anterior. O dado de março veio acima do estimado pelos analistas, que previam uma variação de 0,3% na leitura mensal e inflação de 3,4% na leitura anual. No que se refere ao núcleo da inflação, que exclui as variações de preços de alimentos e energia, houve alta de 0,4% no mês de março, o mesmo dado do mês anterior. Já na base anual, foi observada expansão de 3,8%, igual a de fevereiro. Os destaques do mês que influenciaram em mais da metade do aumento mensal do CPI foram as variações dos preços da gasolina, que subiu 1,7%, e do índice de moradia (“shelter”), que avançou 0,4%.

 

Inflação ao produtor (PPI) nos EUA desacelera para 0,2% em março – Conforme informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (11), o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos avançou 0,2% em março, registrando desaceleração frente aos 0,6% de fevereiro. Já em relação ao resultado dos últimos 12 meses, encerrados em março, o indicador avançou 2,1% e atingiu o maior crescimento desde o dado registrado em abril de 2023. Os dados do PPI vieram abaixo das expectativas dos analistas, que estimavam uma variação mensal de 0,3% e alta de 2,2% nos últimos 12 meses. No que tange ao núcleo do indicador, que desconsidera as variações dos preços de itens mais voláteis como alimentos e energia, o núcleo do PPI avançou 0,2% em março, após alta de 0,3% no mês anterior. Em 12 meses encerrados em março, o núcleo expandiu 2,8% em março, acelerando ante avanço de 2,7% em fevereiro.

 

Inflação ao produtor (PPI) anual da China cai em março. Já o índice de preços ao consumidor (CPI) sobe 0,1% – De acordo com os dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês), o índice de preços ao produtor (PPI) anual da China recuou 2,8% em março, registrando o 18º mês seguido de queda. O indicador, que mensura os custos dos produtos na porta das fábricas, veio conforme o estimado pelos analistas. Na mesma comparação, a inflação ao produtor retraiu 2,7% em fevereiro ante ao ano anterior. Na comparação mensal, o PPI caiu 0,1% em março. Já em relação ao índice de preços ao consumidor (CPI) da China, em março, houve avanço de 0,1% em termos anuais. Contudo, na comparação com o mês de fevereiro, o CPI caiu 1%. Em março ante fevereiro, a variação anual do CPI caiu 0,6 pontos percentuais, principalmente devido à queda nos preços dos alimentos e dos serviços de viagens.

 

Inflação ao consumidor (CPI) na Alemanha cai para nível mais baixo em quase três anos – De acordo com os dados finais do Destatis, o escritório federal de estatísticas, publicados nesta sexta-feira (12), a inflação na Alemanha desacelerou em março para 2,3% na base anual, ante avanço de 2,7% em fevereiro, registrando o menor nível desde junho de 2021. O resultado foi puxado pela queda nos preços de energia e alimentos, visto que os preços dos alimentos recuaram 0,7% em relação ao ano anterior. Conforme afirmou Ruth Brand, presidente do escritório de estatísticas, “Em março de 2024, os alimentos ficaram mais baratos para os consumidores do que no ano anterior, pela primeira vez desde fevereiro de 2015”. Em relação ao índice cheio, o resultado ficou em 2,2%, o menor desde maio de 2021. Já o núcleo da inflação, que desconsidera os preços voláteis de alimentos e energia, foi de 3,3% em março, menor do que os 3,4% de fevereiro.

 

BCE mantém novamente os juros inalterados e evita sinalizar data para cortes – Conforme divulgado pelo Banco Central Europeu (BCE) nesta quinta-feira (11), as taxas de juros da zona do euro se mantiveram inalteradas pela quinta reunião consecutiva. Portanto, a taxa de refinanciamento permaneceu em 4,50%, a taxa sobre depósitos ficou no mesmo patamar de 4,0% e a taxa sobre empréstimos marginais se manteve em 4,75%. O comunicado veio conforme o estimado pelos analistas. Em sua decisão, o BCE mencionou que a maior parte das medidas da inflação subjacente estão recuando, que o crescimento salarial está gradualmente se moderando e que as empresas estão absorvendo parte do aumento dos custos trabalhistas em seus lucros. Contudo, advertiu que as pressões internas sobre os preços continuam fortes e corroboram para a manutenção da inflação do setor de serviços em patamares elevados.

 

BC da Argentina reduz juros para 70% e cita desaceleração ‘pronunciada’ da inflação – Conforme informou o Banco Central da Argentina nesta quinta-feira (11), as taxas de juros de referência caíram 10 pontos percentuais, para 70%. Esta é a terceira redução desde o início do mandato do presidente Javier Milei, em meados de dezembro. A redução, ante ao nível anterior de 80%, demonstra a confiança do governo em reduzir a inflação, que passa de 275% ao ano. As rígidas políticas fiscais implementadas pelo governo tem melhorado as expectativas dos investidores na Argentina, impulsionando ações e títulos. Contudo, à medida que a atividade, a produção e o consumo caem, os níveis de pobreza estão aumentando juntamente com uma recessão econômica.

 

NACIONAL:

IPCA desacelera para 0,16% em março – De acordo com os dados publicados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,16% em março, desacelerando em relação à alta de 0,83% de fevereiro. O IPCA acumula alta de 1,42% no ano e de 3,93% em 12 meses. Os dados vieram abaixo do projetado pelos analistas, que estimavam inflação de 0,25% no mês e de 4,01% em 12 meses. Em março de 2023, a inflação havia sido de 0,71%. A maior variação e o maior impacto no índice geral vieram do grupo Alimentação e bebidas (0,53% e 0,11 p.p.). O grupo Saúde e cuidados pessoais exerceu o segundo maior impacto (0,06 p.p.) ao subir 0,43% no mês, puxado pela variação do plano de saúde (0,77%) e dos produtos farmacêuticos (0,52%). Já no campo negativo, o grupo Transportes caiu 0,33% e impactou -0,07 p.p. no índice geral.

 

BNDES vai liberar mais R$ 1,4 bilhão para o Plano Safra 2023/24 – Conforme divulgado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a instituição irá disponibilizar mais R$ 1,4 bilhão para operações de crédito do Plano Safra 2023/24. Com isso, o montante de recursos do BNDES ainda disponível para a atual temporada, que encerrará no mês de junho, será de R$ 4,6 bilhões. Desde meados de julho de 2023 até o momento, o banco liberou mais de R$ 28 bilhões para o Plano Safra, em cerca de 120 operações relacionadas a custeio, comercialização, investimentos e industrialização, revelando um saldo total 23% maior que o liberado no mesmo período do ciclo anterior. Segundo os dados do Ministério da Agricultura, os gastos totais de crédito rural nos nove primeiros meses do Plano Safra 2023/24 chegaram a R$ 319,2 bilhões, um aumento de 14% ante o mesmo intervalo da temporada anterior e correspondendo a 73% do total programado (R$ 435,8 bilhões). Neste Plano Safra foram liberados R$ 177 bilhões para custeio, R$ 75 bilhões para investimentos, R$ 40 bilhões para comercialização e R$ 25 bilhões para industrialização.

 

Vice-Presidente de Habitação da Caixa diz que a redução nos depósitos compulsórios aumentaria o crédito imobiliário – Em sua fala aos jornalistas após a solenidade no Palácio do Planalto ligada ao programa Minha Casa, Minha Vida, nesta quarta-feira (10), a vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, Inês Magalhães, comentou sobre a possibilidade de redução dos depósitos compulsórios para aumentar a quantidade de dinheiro disponível para crédito imobiliário. Segundo Inês, “O Banco Central exige uma retenção [depósito compulsório] e esse direcionamento estamos querendo que volte como investimento para habitação, 5%. Em vez de reter 20%, reter 15% dos depósitos para que a gente possa aumentar a oferta de crédito“. Ela declarou também que a Caixa tem um interesse genuíno nesta proposta, mas que não necessariamente os outros bancos terão a mesma perspectiva. A ideia já havia sido comentada em meados de fevereiro, pelo presidente da Caixa, Carlos Vieira, que afirmou que, se o compulsório sobre poupança caísse de 20% para 15%, seriam mais R$ 70 bilhões para o crédito imobiliário.

 

Haddad diz que inflação está controlada e que ajuste nas contas precisa continuar – O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad disse nesta quarta-feira (10), após os dados do IBGE indicarem uma alta de preços menor que a esperado pelos analistas, que a inflação no Brasil está controlada subindo cada vez menos enquanto o nível de desemprego diminui. Em sua fala, o ministro mencionou ainda que o cenário econômico segue desafiador, destacando a necessidade de um equacionamento das contas públicas, além de ressaltar a expectativa em relação às votações importantes no Congresso Nacional relacionadas ao contexto fiscal. Perguntado sobre questões orçamentárias, ele afirmou que o tema da meta fiscal de 2025 ainda não foi debatido em encontros realizados com ministros da área econômica. Segundo ele, a decisão sobre a meta fiscal para o próximo ano será divulgada junto com o envio ao Congresso do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), previsto para a próxima segunda-feira.

 

Data Referência (05/04/2024 a 11/04/2024)

CDI: 0,20%

Dólar: 1,05%

Ibovespa: -0,02%

IDkA IPCA 2A: -0,35%

IMA-B: -0,45%

IMA-B 5: -0,24%

IMA-B 5+: -0,66%

IMA Geral Ex-C: -0,10%

IRF-M: -0,22%

IRF-M 1: 0,12%

IRF-M 1+: -0,37%

S&P 500: 1,01%

IPCA + 5,25%: 0,17%

 

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