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Boletim Econômico – 19.04.24

Vendas no varejo dos EUA crescem 0,7% em março e 2,1% no trimestre – De acordo com os dados preliminares divulgados pelo Departamento do Comércio nesta segunda-feira (15), as vendas no varejo dos Estados Unidos avançaram 0,7% em março ante fevereiro, para US$ 709,6 bilhões. Em comparação com março do ano anterior, a alta foi de 4,0%. O dado veio acima do esperado pelos analistas, que previam expansão de 0,3% nas vendas no varejo. No que se refere ao dado do primeiro trimestre do ano, as vendas totais cresceram 2,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Vale destacar que houve uma revisão para cima da variação observada em fevereiro ante janeiro, de um crescimento de 0,6% para um aumento de 0,9%, conforme divulgado anteriormente.

 

Produção industrial nos EUA cresce 0,4% em março – Segundo dados publicados pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) nesta terça-feira (16), a produção industrial dos Estados Unidos avançou em março, pelo segundo mês seguido. O aumento foi impulsionado por uma expansão maior que a esperada na manufatura. A produção manufatureira subiu 0,5% em março, puxada em parte por um ganho de 3,1% em veículos automotores e peças. O índice de serviços públicos subiu 2% e o índice de mineração arrefeceu 1,4%. Todavia, desconsiderando o setor automobilístico, a produção industrial registrou um ganho menor, de 0,3% em março. Vale destacar que, além de automóveis e aeronaves, o dado referente ao mês de março foi influenciado pelo aumento da produção de produtos de madeira e bens não duráveis, como papel e produtos químicos. O avanço da produção industrial tem sido gradual, ao passo que os produtores do país enfrentam um fraco mercado exportador e maiores custos de empréstimos (limitando o capital), os custos de produção de itens essenciais também têm aumentado.

 

Powell diz que pode levar mais tempo para se ter certeza sobre queda da inflação – Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), afirmou nesta terça-feira (16) durante um evento realizado no The Wilson Center (Washington), que os dados divulgados recentemente mostram uma inflação mais forte do que o esperado nos Estados Unidos, indicando que, provavelmente, a autoridade monetária necessitará de mais tempo para ter certeza de que a inflação está convergindo para a meta de 2%. “Os dados recentes claramente não nos deram maior confiança e, em vez disso, indicam que provavelmente levará mais tempo do que o esperado para alcançar essa confiança”, disse Powell. O presidente afirmou ainda que podem manter o nível atual de restrição pelo tempo que for necessário até que a inflação mostre mais progresso.

 

Inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro desacelera para 2,4% em março – O índice de inflação do consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro arrefeceu ao registrar uma taxa anualizada de 2,4% em março, ante 2,6% em fevereiro. A variação final veio em linha com o dado publicado previamente e com a estimativa dos analistas. Em março de 2023, a taxa foi de 6,9%. Na leitura mensal, houve variação de 0,8%, acelerando em relação aos 0,6% de fevereiro, também em linha com a prévia e com as projeções dos analistas. No que se refere a inflação anual da União Europeia, houve crescimento de 2,6% em março, abaixo dos 2,8% em fevereiro. No mesmo mês em 2023, a taxa era de 8,3%. Em março, os serviços, seguidos dos produtos alimentares, álcool e tabaco, bens industriais não energéticos e produtos de energia exerceram maior contribuição para a inflação da zona do euro.

 

Produção industrial da zona do euro cresce 0,8% em fevereiro – De acordo com os dados com ajustes sazonais publicados segunda-feira (15), pela Eurostat, agência oficial de estatísticas da União Europeia, a produção industrial da zona do euro avançou 0,8% em fevereiro ante janeiro. O resultado veio em linha com o estimado pelos analistas. Em contrapartida, na leitura anual, a produção industrial apresentou retração de 6,4% em fevereiro, um número superior ao projetado pelos analistas que estimavam uma queda de 5,5%. A agência também revisou o dado referente ao mês de janeiro, para contração mensal de 3% e queda anual de 6,6%.

 

Superávit comercial ajustado da zona do euro cai para 17,9 bilhões de euros – Conforme os dados com ajustes sazonais publicados nesta terça-feira (16) pela Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, a zona do euro registrou superávit comercial de 17,9 bilhões de euros em fevereiro, muito abaixo dos 27,1 bilhões de euros auferidos no mês de janeiro, conforme número revisado. No comparativo mensal, também considerando-se ajustes sazonais, as exportações da zona do euro caíram 0,2% em fevereiro enquanto as importações avançaram 4,2%. Em relação aos dados sem ajustes, a zona do euro registrou em fevereiro superávit comercial de 23,6 bilhões de euros, muito maior do que o superávit de 3,6 bilhões de euros observado em fevereiro de 2023.

 

BC da China mantém juros de médio prazo – O banco central da China divulgou nesta segunda-feira (15), que manteve inalterada uma importante taxa de juros, o instrumento de empréstimo de médio prazo (MLF). A manutenção desta taxa destaca a intenção do banco central em manter a estabilidade da moeda em meio a uma recuperação econômica instável, além de buscar diminuir as influências relacionadas às expectativas do mercado sobre o ciclo de corte da taxa de juros dos Estados Unidos neste ano. Segundo analistas, em março, a queda da inflação, a desaceleração da expansão do crédito e a contração das exportações ressaltaram a necessidade de mais estímulos para reavivar a economia chinesa. Entretanto, o enfraquecimento do yuan frente ao dólar e os diferenciais de rendimento com outras importantes economias limitaram os esforços de afrouxamento monetário das autoridades. Conforme informou o Banco do Povo da China (PBoC), a taxa estava sendo mantida sobre 100 bilhões de iuanes (13,82 bilhões de dólares) em empréstimos MLF de um ano para algumas instituições financeiras em 2,50%. Com 170 bilhões de yuanes em empréstimos MLF a vencerem no mês de março, o fim dessa operação culminou na retirada líquida de 70 bilhões de yuanes de fundos do sistema bancário chinês.

 

Produção industrial e vendas varejistas da China ficam abaixo do esperado em março – De acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS, na sigla em inglês), a produção industrial avançou 4,5% em relação a março de 2023, revelando um número abaixo do esperado pelos analistas, que previam aumento de 6,9%. O dado veio abaixo também do crescimento de 7,0% na média dos dois primeiros meses de 2024.  As vendas no varejo expandiram 3,1% em março na comparação anual, porém uma variação menor que a estimada, de 4,6%. O dado também indicou arrefecimento em relação ao avanço de 5,5% no período de janeiro a fevereiro. No trimestre, em comparação com o quarto trimestre do ano passado, houve crescimento de 6,1% na produção industrial, com destaque para a variação de 6,7% da manufatura. Já as vendas no varejo expandiram 4,7% em relação ao primeiro trimestre de 2023.

 

NACIONAL:

IGP-10 acelera queda em abril com alívio de commodities – Segundo dados publicados nesta terça-feira (16) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) arrefeceu 0,33% em abril, ante queda de 0,17% no mês anterior. Com o resultado, o IGP-10 acumula queda de 3,81% em 12 meses. Em relação aos indicadores que compõem o IGP-10, O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,56% em abril frente à queda de 0,40% no mês anterior, puxado pela tendência de queda das commodities minério de ferro, feijão e milho. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), perdeu força avançando 0,21% em abril em comparação com a variação de 0,48% observada no mês de março. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou para 0,33% em abril frente à alta de 0,27% registrada em março.

 

IBC-Br sobe 0,40% em fevereiro – Conforme dados publicados nesta quarta-feira (17), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou alta de 0,40% em fevereiro, desacelerando após ter crescido 0,52% em janeiro. O resultado de fevereiro veio em linha com as expectativas dos analistas. Além disso, o Banco Central revisou o dado de janeiro, que anteriormente indicava 0,60%. Com o resultado, o indicador, que é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), acumula alta de 2,95% no ano e de 2,34% em 12 meses. Em relação a fevereiro de 2023, o crescimento foi de 2,59%. No mês, o destaque foi o desempenho do comércio varejista, que expandiu 1,0% em relação a janeiro, revelando um cenário mais propício ao consumo, sobretudo das famílias, considerando o mercado de trabalho aquecido e a inflação em patamares controlados neste início de ano. Em contrapartida, a produção industrial recuou 0,30%, enquanto o volume de serviços apresentou queda de 0,90%, após três meses seguidos de alta.

 

Ministro Fernando Haddad confirma meta de déficit zero em 2025 – Em entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews, nesta segunda-feira (15), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo federal decidiu deixar a meta de zerar o déficit primário para 2025. Até então, conforme o novo arcabouço fiscal aprovado em 2023 pelo Congresso Nacional, o governo federal tem duas principais regras a seguir na gestão das contas públicas. A primeira se refere ao respeito a um limite de despesas, que cresce anualmente a uma proporção de 70% da evolução das receitas no exercício anterior, respeitando um intervalo de expansão em termos reais de 0,6% a 2,5%. Já a segunda é a meta de resultado primário, que passou a ter uma banda de tolerância de 0,25 ponto percentual para cima ou para baixo em relação ao PIB. Para este ano, a tendência é que o governo trabalhe com a estimativa de déficit de 0,25% do PIB. Para o ano de 2025, a meta será zerar o déficit. Para os anos de 2026, 2027 e 2028, o objetivo deve ser um superávit de 0,25%, 0,5% e 1%, respectivamente. Ainda na entrevista, Haddad também anunciou que o salário mínimo no Brasil deverá ser de R$ 1.502 em 2025.

Vale: Produção de minério de ferro totaliza 70,8 milhões de toneladas no 1T24 – Conforme o relatório operacional divulgado pela companhia nesta segunda-feira (16), a Vale produziu 70,8 milhões de toneladas métricas de minério de ferro no primeiro trimestre de 2024. O volume reportado no período representa uma queda de 20%. Em relação ao primeiro trimestre de 2023, houve um aumento de 6,1%. Segundo a empresa, a alta foi influenciada pela melhora no desempenho operacional no Pará, pela continuidade das iniciativas de confiabilidade dos ativos e pelo aumento das compras de terceiros. No período, as vendas de minério avançaram 15%. De acordo com a Vale, o número foi classificado como robusto, e foi puxado pela melhoria consistente nas operações de minério de ferro. No documento, a empresa discorre sobre o Sistema do Norte, no estado do Pará, registrou a maior produção de um primeiro trimestre desde 2020. No sistema sudeste, que abrange a região de Minas Gerais, também houve crescimento na produção.

 

Data Referência (15/04/2024 a 19/04/2024)

CDI: 0,20%

Dólar: 3,44%

Ibovespa: -2,51%

IDkA IPCA 2A: -0,50%

IMA-B: -0,50%

IMA-B 5: -0,37%

IMA-B 5+: -0,61%

IMA Geral Ex-C: -0,17%

IRF-M: -0,48%

IRF-M 1: -0,03%

IRF-M 1+: -0,69%

S&P 500: -3,61%

IPCA + 5,25%: 0,17%