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Boletim Econômico – 22.03.24

INTERNACIONAL:

 

Fed mantém juros nos EUA – O Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) divulgou nesta quarta-feira (20), a manutenção da taxa de juros do país entre 5,25% e 5,50% ao ano. Com a decisão, que foi unânime e já era esperada pelo mercado, a taxa de juros permanece, pela quinta reunião consecutiva, no maior nível desde 2001. O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) reafirmou suas considerações acerca da necessidade de ter mais confiança sobre a convergência da inflação para a meta do Fed, fixada em 2%, antes de iniciar o corte de juros. Com base nos indicadores mais recentes, o Fomc considera que a atividade econômica do país está caminhando em um sólido ritmo de expansão.

 

PMI composto dos EUA recua 52,2 em março, pressionado por serviços – Conforme dados preliminares divulgados pela S&P Global nesta quinta-feira (21), o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos EUA retraiu de 52,5 em fevereiro para 52,2 em março, demonstrando resultado em linha com a previsão dos analistas. Em relação ao PMI de serviços, houve recuo de 52,3 em fevereiro para 51,7 em março, o menor patamar em três meses. O PMI industrial, por sua vez, expandiu de 52,2 para 52,5 no mesmo período.

 

Inflação ao consumidor (CPI) anual da Zona do Euro desacelera para 2,6% em fevereiro – Segundo dados revisados divulgados nesta segunda-feira (18) pela Eurostat (agência de estatísticas da União Europeia), a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) da Zona do Euro caiu de 2,8% janeiro para 2,6% em fevereiro, confirmando a leitura preliminar e vindo em linha com a expectativa do consenso LSEG de analistas. Na análise mensal, o CPI acelerou 0,6% em fevereiro. Já o núcleo do indicador demonstrou avanço de 0,7% em feveriro, acumulando 3,1% no acumulado anual, ante 3,3% em janeiro.

 

Puxado por serviços, PMI composto da zona do euro sobe para 49,9 em março – Segundo dados preliminares divulgados nesta quinta-feira (21) pela S&P Global, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) composto da Zona do Euro subiu de 49,2 em fevereiro para 49,9 em março, atingindo o maior nível em nove meses. O resultado veio acima do estimado pelos analistas, que projetavam uma expansão para 49,7 neste mês. O PMI de serviços subiu de 50,2 para 51,1 no mesmo período, atingindo também o maior patamar em nove meses. Em contrapartida, o PMI industrial retraiu de 46,5 para 45,7 no mesmo período, chegando ao menor nível em três meses. Vale destacar que, na leitura do PMI, resultados abaixo de 50 indicam contração e acima de 50, expansão da atividade.

 

Dados econômicos da China dão sinais de melhora – De acordo com dados oficiais divulgados na última segunda (18) pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês), a economia da China apresentou sinais de melhora durante o primeiro bimestre de 2024. A produção industrial avançou 7% no acumulado do primeiro bimestre, ante mesmo período do ano anterior, revelando um resultado superior ao estimado pelo consenso LSEG de analistas, que esperava uma alta de 5%. No mesmo período, o investimento em ativos fixos do país subiu 4,2% anualmente, totalizando 5,0847 trilhões de yuans (cerca de US$ 717 bilhões). As vendas no varejo expandiram 5,5% anualmente, auferindo um resultado em linha com as perspectivas dos analistas. O resultado foi puxado pelo aumento das vendas no varejo online em 15,3% ano a ano. Já o setor de serviços chinês demonstrou rápido crescimento no primeiro bimestre de 2024, com um índice oficial de produção subindo 5,8% em termos anuais, acelerando em relação ao mesmo período de 2023, em que registrou crescimento de 5,5%.

 

BC do Japão eleva taxas e encerra período de juros negativos após 17 anos – O Banco do Japão (BoJ) divulgou nesta terça-feira (19), que resolveu aumentar a taxa de juros do país após 17 anos realizando uma política de taxas de juros negativas. A decisão refletiu uma reformulação no panorama de flexibilização monetária. Desta forma, o BoJ determinou que as taxas de juros de curto prazo fiquem agora em um intervalo entre zero e 0,1%, com argumento de que estão próximos de atingirem uma inflação estável de 2%. Com este movimento, o Banco Central do Japão sinaliza que está caminhando em direção a uma política monetária mais similar à adotada por outros bancos centrais, contudo, os analistas estimam que esta mudança ocorra de forma lenta, uma vez que sair da política de taxas negativas significa elevar mais os custos de financiamento para as empresas e as famílias, ainda que aumente a rentabilidade das instituições financeiras, sobretudo os bancos comerciais.

 

NACIONAL:

 

IBC-Br avança 0,60% em janeiro – Conforme divulgado nesta segunda-feira (18), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) expandiu 0,60% em janeiro, revelando desaceleração ante ao resultado registrado em dezembro, de 0,82%. Apesar do crescimento abaixo do mês anterior, o indicador veio acima do projetado pelo consenso dos analistas, que estimavam uma alta de 0,26%. Com o resultado, o indicador, que é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), acumula alta de 2,47% em 12 meses. Em relação ao trimestre encerrado em janeiro, houve variação de 0,90% em comparação ao trimestre imediatamente anterior.

 

Copom reduz Selic para 10,75% a.a. – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, novamente, de maneira unânime, reduzir em 0,50 p.p. a taxa básica de juros da economia brasileira, na reunião desta quarta-feira (20). Com isso, a taxa Selic passa ao patamar de 10,75% a.a.. A decisão já era amplamente esperada pelo mercado, devido à sinalização feita na ata da última reunião, ocorrida em fevereiro. O Comitê destacou que, no cenário doméstico, os indicadores de atividade seguem consistentes com o cenário de desaceleração, e que a inflação cheia ao consumidor manteve trajetória de desinflação, enquanto as medidas de inflação subjacente se situaram acima da meta. O colegiado voltou a reforçar a importância da execução das metas fiscais estabelecidas para ancoragem das expectativas inflacionárias e para condução da política fiscal. O comunicado também citou que “os membros do Comitê, unanimemente, optaram por comunicar que anteveem, em se confirmando o cenário esperado, a redução de mesma magnitude na próxima reunião”. Ou seja, mais um corte de 0,50 p.p. no próximo encontro.

 

IGP-10 tem queda de 0,17% em março – A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou nesta segunda-feira (18), que o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 0,17% em março, após deflação de 0,65% em fevereiro. Com o resultado, o índice acumula queda de -0,40% no ano e de -4,05% em 12 meses. No que se refere aos indicadores que compõem o IGP-10, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), caiu 0,40%, indicando uma redução menor que a de 1,08% registrada em fevereiro. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) mostrou variação de 0,48% em março, demonstrando um ritmo de crescimento mais lento em comparação com o aumento de 0,62% em fevereiro. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, registrou uma variação de 0,27%, mostrando um aumento em relação à taxa de 0,10% observada no mês anterior.

 

Confiança do consumidor cresce em março, mas nível ainda é pessimista, diz FGV – De acordo com dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (22), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) expandiu 1,6 ponto, para 91,3 pontos em março, após duas quedas consecutivas. Ainda que o indicador tenha subido pela primeira vez no ano, ainda se encontra em patamar definido como de pessimismo. Em março, a alta foi verificada tanto nas expectativas em relação aos próximos meses quanto nas avaliações sobre o momento atual, de forma que o Índice de Expectativas (IE) apresentou elevação em 1,2 ponto, ficando em 99,1, após acumular queda de 4,6 pontos nos dois últimos meses. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 2,1 pontos, ficando em 80,7, sendo esta a segunda alta consecutiva do índice após iniciar o ano em variação negativa.

 

Resultado fiscal depende da evolução da economia e governo está otimista com crescimento, diz Haddad – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse em coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (22), que a meta do governo de zerar o déficit primário em 2024 depende do desempenho da economia. Além disso, destacou que as autoridades estão otimistas quanto ao crescimento do PIB em 2024. O ministro falou ainda que a perspectiva de forte crescimento em 2024 corrobora com a arrecadação, contudo, ponderou que o governo também depende do Congresso no que se refere à aprovação das medidas já encaminhadas para debate. Nesta sexta-feira, os ministérios do Planejamento e da Fazenda estimaram que o governo encerrará este ano com déficit primário de 9,3 bilhões de reais, equivalente a 0,1% do PIB, valor que se encontra dentro da margem de tolerância estabelecida pelo arcabouço fiscal. Todavia, agentes de mercado permanecem com cautela e visão pessimista para o resultado fiscal de 2024.

 

Arrecadação soma R$ 186,52 bilhões em fevereiro, melhor resultado da série histórica – De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (21) pela Secretaria da Receita Federal, a arrecadação de impostos e contribuições federais totalizou R$ 186,52 bilhões em fevereiro de 2024, revelando uma alta real (descontada a inflação) de 12,27% em relação a fevereiro do ano anterior. Todavia, na comparação com o mês de janeiro de 2024, a arrecadação recuou 34,08% em termos reais. O resultado, que foi o melhor para o mês de fevereiro, em termos reais, desde o início da série histórica em 1995, veio levemente acima da mediana de R$ 184,365 bilhões projetado pelos analistas. Segundo a receita, o resultado deve-se ao crescimento da arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) de Rendimento de Capital, consequência da taxação de fundos offshore, que arrecadou R$ 11,107 bilhões. Além disso, o Fisco ressalta também a melhora no desempenho da arrecadação do Imposto sobre a renda das pessoas jurídicas (IRPJ) e do desempenho da arrecadação do PIS/Cofins em fevereiro, resultante da retomada da tributação sobre combustíveis.

 

Data Referência (15/03/2024 a 21/03/2024)

CDI: 0,21%

Dólar: 0,08%

Ibovespa: 0,37%

IDkA IPCA 2A: 0,15%

IMA-B: -0,35%

IMA-B 5: 0,05%

IMA-B 5+: -0,71%

IMA Geral Ex-C: 0,02%

IRF-M: 0,10%

IRF-M 1: 0,19%

IRF-M 1+: 0,07%

S&P 500: 1,77%

IPCA + 5,25%: 0,16%

 

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