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A Culpa é do Comitê!

Quem se ativer ao título do artigo e for membro de comitê de investimentos vai discordar (ou ficar p.. da vida), mas foi uma forma de chamar atenção para a leitura desse texto com uma mensagem de quem acredita na força de equipes preparadas.

O contato diário com gestores e membros de comitês faz parte do nosso trabalho e esse é um dos grandes baratos de ser consultor. Em tempos de distanciamento físico, o contato quase diário com comitês de investimentos tem animado a rotina.  Até arrisco dizer que as chamadas de vídeo encorajaram alguns membros.

Apesar das possibilidades, alguns comitês permanecem omissos. Repetidas vezes, ao questionar alguma irregularidade ou erro, ouvi: “meu comitê é desinteressado”, “ninguém quer participar do comitê”, “eu disponibilizo os recursos, mas ninguém quer ganhar responsabilidades sem remuneração” ou algo que o valha. É provável que você já ouviu ou falou isso.

Seria injusto desqualificar essa queixa, pois em uma cidade pequena pode ser escassa de profissionais habilitados ou interessados. Entre grandes e pequenos municípios, nós vimos dezenas de comitês que operam de maneira insatisfatória, especialmente por falta de conhecimento ou motivação (normalmente ambos). Então, para essas dezenas e para o seu RPPS, que tal resolvermos este problema de uma vez por toda, tratando do desconhecimento e da falta de motivação?

Para o escuro do desconhecimento, eu sugiro a luz da curiosidade. Curiosidade é mais do que conhecimento, é o “desejo por conhecimento”. De forma prática, a gestão deve estimular esse desejo no comitê, mostrando os desafios e as recompensas, e, claro, alimentando o conhecimento com a participação em eventos, convidando instituições para conversas sobre os fundos, cursos e reuniões atrativas, com debates e conteúdo.

Para a desmotivação, uma peleja maior, apenas o exemplo pode dar jeito. O exemplo da gestão transparente, unida e valente pavimenta o caminho para uma equipe motivada. Sem esquecer que reconhecimento financeiro é sempre bem-vindo.

Espero que não sejam mais jogadas culpas, mas responsabilidades para os Comitês. Estes que são a “tropa de elite” do RPPS, e seus membros devem se orgulhar por fazer parte do colegiado técnico da previdência de seu irmão, cunhada, vizinho.

O caminho é longo e cheio de decisões (como é difícil tomar decisão, hein?), mas não há opção de gestão dos recursos segura sem a participação de um comitê de investimentos qualificado. Eis um assunto que deveria ser tratado à nível nacional para além das obrigações, mas para o incentivo, o reconhecimento e o efetivo investimento na instituição “Comitê de Investimentos”.

 

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